Filhos inocentam pai da acusação de abuso sexual após 13 anos

Jovens afirmam que mentiram na época, após serem acuados por espancamentos de uma amiga da ex-mulher do acusado

Ele havia sido condenado a 27 anos de prisão e, desde 2017, cumpria pena em uma penitenciária de Guarulhos (Grande São Paulo).

Entre 2014 e 2016, ele havia conseguido recorrer da sentença em liberdade. Mas, no ano passado, pouco antes de ser preso, a história teve uma reviravolta: os dois filhos decidiram mudar os seus depoimentos.

Na época da denúncia, os filhos, Andrey Camilo Lima e Aline Camilo Lima, estavam com respectivamente 6 e 10 anos. Agora, eles afirmam que mentiram em seus depoimentos. Segundo os irmãos, eles foram acuados com espancamentos de uma amiga da ex-mulher de Atercino, com quem moravam. Andrey e Aline chegaram a fugir de casa por conta das agressões.

“Essa amiga da minha mãe nos fez testemunhar falsamente contra meu pai. Desde quando pude entender a gravidade do que ocorreu, passamos a tentar inocentá-lo”, afirma Andrey.

Em agosto do ano passado, os irmãos prestaram um depoimento na Justiça, quando afirmaram que o pai era inocente e alegaram que eram coagidos, com uso de força e violência pela amiga da mãe. Atualmente, a mãe e a amiga vivem juntas em local desconhecido.

 

“Condenação injusta”

 

Após o depoimento, foi iniciado um processo de revisão da condenação, protocolado na Justiça pela ONG Innocence Project Brasil, que reúne advogados criminalistas para assistência a pessoas que são vítimas de erros judiciais.

“Tivemos uma decisão importantíssima da 7ª Câmara do TJ-SP de reverter uma condenação injusta. O Atercino foi inocentado, já que ele jamais cometeu os crimes que foi acusado”, afirmou Dora Cavalcanti, advogada criminalista e diretora da entidade no Brasil.


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