Com crise econômica, até executivos viram sem-teto no Rio de Janeiro
Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas, mas há um ano e meio mora nas ruas do Rio de Janeiro, junto a milhares de vítimas da crise da Cidade Maravilhosa. Mendonça perdeu seu emprego em 2015. Conseguiu se manter com suas economias por algum tempo, mas eventualmente ficou sem dinheiro para pagar o aluguel. Hoje, aos 58 anos, ele dorme em um banco em frente ao aeroporto Santos Dumont, deixa alguns pertences em uma agência bancária da qual é cliente, faz sua higiene em banheiros públicos e sobrevive da comida distribuída por ONGs.
“É uma situação terrível para mim, mas não tenho outra alternativa”, diz o ex-executivo, magro, divorciado e sem filhos. Natural de Itajaí (Santa Catarina), ele analisa ofertas de trabalho em seu computador graças ao Wi-Fi do aeroporto. Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.