A ONDA DA FAKE NEWS: PSOL pede para TSE adotar medidas contra fake news no Whatsapp
Após pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a restrição de funções do WhatsApp ou até mesmo a suspensão total da ferramenta em todo o país a partir do próximo sábado, o PSOL voltou atrás. O partido não fala mais em suspender o aplicativo até a votação do segundo turno. Em nova manifestação enviada à Corte, o PSOL pede agora que o TSE adote as medidas que entender necessárias para coibir abusos na eleição, como por exemplo a aplicação de multa. A palavra “suspensão” sumiu do texto. A justificativa da legenda é que o Whatsapp está sendo usado na disseminação de notícias falsas por meio do aplicativo de mensagens.
O partido argumenta ainda que é “necessária e urgente a adoção de medidas para a manutenção da legitimidade do pleito”, e, para isso, cita uma sugestão feita pela Agência Lupa, UFMG e USP ao WhatsApp, que poderia ser imposta pelo TSE:
“Restrição de encaminhamentos: no início deste ano, depois da disseminação de rumores que foram compartilhados via WhatsApp e que provocaram linchamentos na Índia, a empresa estabeleceu restrições no número de vezes que uma mesma mensagem pode ser encaminhada. Globalmente, fixou em 20. Na Índia, reduziu para cinco. Acreditamos que o WhatsApp deve adotar temporariamente a mesma medida no Brasil”.
Na primeira representação, o PSOL também dizia que, caso o tribunal achasse que a medida seria insuficiente, fosse “suspenso o aplicativo em todo o território nacional a partir de sábado, dia 20/10/18, até o fim das eleições”. A Agência Lupa destaca que é contra qualquer tipo de suspensão do aplicativo e que jamais foi procurada pelo PSOL.