Energia solar aposta em crescimento

A instalação de sistemas fotovoltaicos, para a geração de energia através dos raios solares, tem apresentado crescimento.

A instalação de sistemas fotovoltaicos, para a geração de energia através dos raios solares, tem apresentado crescimento.

Natal é conhecida por ser a Cidade do Sol e, em meio a um cenário de aumentos sucessivos no preço da energia elétrica e crise econômica, a instalação de sistemas fotovoltaicos, para a geração de energia através dos raios solares, tem apresentado crescimento, segundo empresas e entidades do setor. De acordo com as instituições, por conta do custo elevado de instalação – entre R$ 40 mil e R$ 70 mil – os sistemas acabam não sendo indicados para residências menores e com menos demanda energética, mas, no caso de imóveis com mais de 300 m², comércios e indústrias, a alternativa torna-se viável.

O crescimento deste segmento é visível e já trouxe mudanças ao setor tributário do Estado. A partir de 1º de setembro, o Governo do RN reduzirá a base de cálculo do ICMS sobre a energia elétrica com geração solar, atualmente em 17% de alíquota. De acordo com o secretário adjunto de tributação, Fernando Amorim, o consumidor não vai zerar a sua conta, pois,  alguns custos não são descartáveis. Contudo, pagará menos.

“Para exemplificar, vamos utilizar uma conta de luz hipotética de R$ 1 mil, onde o KW/H corresponde a R$ 1 real de tarifa e o cliente gerou 300 KW/H com a energia solar. O que acontece hoje? Ele paga R$ 1 mil, com um desconto feito pela Cosern de R$ 300, mas, o ICMS permanece, com R$ 170, já que o imposto é calculado sobre toda a conta. Mas, com o convênio, a base de cálculo será outra. O valor será os R$ 700, que é a diferença entre a fatura total e a energia gerada. É sobre este número que será calculado os 17% da alíquota, que permanece com o mesmo percentual”, explicou Fernando Amorim.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, o incentivo, anunciado pelo governo do estado após acordo firmado em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), é positivo e pode resultar em um melhor aproveitamento do potencial energético do Rio Grande do Norte.

“O Estado tem um excelente potencial de geração distribuída, para condomínios, residências, indústrias, e também de geração centralizada, com os leilões. A mudança do ICMS é o primeiro passo para atrair novos investimentos e já recomendamos também a instalação de sistemas nos telhados dos prédios públicos e a realização de um leilão estadual”, afirmou Sauaia.

Diogo Azevedo, diretor na empresa Energia Zero e diretor de energia solar fotovoltaica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), possui a mesma visão comercial e não acredita em prejuízos para o Estado com incentivos fiscais deste porte. “Sabemos que a energia é uma grande receita do Estado. Mas, o nível de pessoas que vão adotando sistemas solares é muito pequeno versus a matriz energética que você tem instalada e o crescimento populacional das cidades. Isto não incomoda o Governo, ele não vai perder com isso”, pontuou.

Vantagens

Ainda de acordo com Diogo, os sistemas fotovoltaicos são rentáveis também para os consumidores que possuem capital para investimentos seguros. “Hoje, está rendendo mais que poupança. Se você investir R$ 40 mil reais à vista em um sistema, ganhando R$ 450 todo mês de redução na conta de energia, o rendimento é de 1,1% ao mês. Está melhor que a Selic. E, no segundo ano, vai ser maior, porque a tarifa da energia sempre será reajustada”, garantiu o diretor.

Tal afirmativa é compatilhada também pelo diretor da empresa New Energy, Fábio Amaro. De acordo com ele, os rendimentos justificam os custos elevados de instalação, principalmente, a longo prazo. “Quando você instala um sistema de energia fotovoltaica, ele já começa a render 1% ou mais do valor do investimento. Analisando os números friamente, uma conta de energia vai subir, ao ano, em média, 8%. Então, entre 5 e 6 anos, ela se paga e o consumidor tem mais 19 anos de lucro, porque a vida útil do produto é 25 anos”, apontou.

Tribuna do Norte

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