Preso na Lava Jato, executivo da Andrade Gutierrez faz exame em IML

Flávio foi preso na manhã de terça-feira (28), no Rio de Janeiro (Foto: Edi Carlos / RPC)

Flávio foi preso na manhã de terça-feira (28), no Rio de Janeiro (Foto: Edi Carlos / RPC)

O presidente global da AG Energia, ligada ao grupo Andrade Gutierrez, Flávio David Barra, que foi preso na 16ª fase da Operação Lava Jato, na terça-feira (28), fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), que é praxe após a prisão, por volta das 10h desta quarta-feira (29), em Curitiba. Ele está preso na Superintendência da PF, no bairro Santa Cândida. O exame durou pouco mais de 10 minutos.

Barra foi preso junto com Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear. A previsão inicial da PF era de Othon também fizesse o exame junto com Flávio. No entanto, por volta das 10h20, a PF informou ao G1 que Othon está preso no Exército por ter formação militar e que ele realizou o exame no mesmo local ainda na noite de terça.

Os dois são investigados por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção nas obras da usina nuclear de Angra 3, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com a PF, como o prazo da prisão temporária deles vence no sábado (1º), também há uma programação por parte dos delegados para que a dupla seja ouvida também nesta quarta. Contudo, a PF não informou o horário.

A prisão temporária pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

Flávio Barra, foi citado na delação do ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa Dalton Avancini, que cumpre prisão domiciliar. O delator afirmou que havia um acerto futuro de pagamento de propina a funcionários da Eletronuclear, referente as obras de Angra 3, e que Flávio teria participado da reunião, em agosto de 2014. Barra foi detido em um táxi no Rio, quando seguia para a empresa.

Já Othon é suspeito de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina entre 2009 e 2014 da Engevix e Andrade Gutierrez, também investigadas pela Lava Jato, para favorecê-las em licitações das obras de Angra 3. A licitação foi vencida pelo consórcio Angramon, composto por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão, EBE e Techint.

Segundo o MPF, os valores ilícitos eram repassados por meio de empresas intermediárias para a Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda, que pertencente a Othon Luiz.

A maior parte dessas empresas, segundo o procurador Athayde Ribeiro Costa, eram de fechada. Othon foi afastado do cargo em abril deste ano, quando surgiram denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa, que é uma subsidiária da Eletrobras.

A Aratec não seria de fechada, segundo o procurador. “Há indícios de que ela tenha alguma atividade, notadamente na área de tradução de documentos. Mas as notas fiscais emitidas em relação aos contratos que estão sob investigação são de consultoria. Uma delas, de dezembro de 2014, está vinculada a um suposto projeto de engenharia”, completou.

Globo

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