Segunda etapa da Operação Lava Jato mira negócio de R$ 443 milhões na Petrobrás

O alvo principal da Lava Jato 2, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 11, é a contratação pela Petrobrás da empresa Ecoglobal – Ambiental Comércio e Serviços Ltda. e da Ecoglobal Overseas LCC no montante de R$ 443,8 milhões para locação de equipamentos e para fornecimento de serviços técnicos especializados.

Nesta segunda etapa da operação, que desbaratou esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, foram cumpridos 23 mandados de busca, apreensão e prisão nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Macaé e Niterói.

A suspeita da PF é que aparentemente na mesma época estariam sendo negociadas 75% cotas das empresas Ecoglobal para venda para grupo empresarial do qual participam o doleiro Alberto Youssef, por meio da Quality Holding, e Paulo Roberto Costa – ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás –, por meio da Sunset Global Participações, e ainda para uma terceira empresa Tino Real Participações, no montante de R$ 18 milhões.

Os investigadores apontam que o próprio negócio da cessão de cotas é condicionado à efetivação do contrato da Ecoglobal com a Petrobrás. A PF localizou carta-proposta confidencial subscrita pelos negociantes e datada de 18 de setembro de 2013.

O contrato, pela Ecoglobal, é assinado por seu então titular Vladmir Magalhães da Silveira.

A PF constatou que a Tino Real Participações tem por titulares Maria Thereza Barcellos da Costa e Pedro Carlos Storti Vieira. A PF verificou por email cadastrado na emissão do passaporte a relação de Maria Thereza com Eric Davi Belo, envolvido supostamente em crimes relacionados a fundos de pensão.

Os investigadores avaliam como suspeito o fato de uma empresa que obtém contrato de R$ 443 milhões seja negociada na mesma época – 75% das cotas –, por R$ 18 milhões.


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