Repercussão Nacional: Irão a júri por morte de criança os médicos acusados de integrar “Máfia dos Transplantes”

Profissionais retiraram os órgãos ainda durante o tratamento de Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000.

Profissionais retiraram os órgãos ainda durante o tratamento de Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000.

Está previsto para esta quinta(31) o julgamento de quatro médicos acusados de integrar uma “Máfia dos Transplantes” em Poços de Caldas, no sul de Minas. Os profissionais respondem pela retirada dos órgãos ainda durante o tratamento e pela morte da criança Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, caso que ganhou repercussão internacional e provocou o fechamento da central clandestina MG Sul Transplantes.

No banco dos réus, estarão o nefrologista Álvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, o intensivista José Luiz Bonfitto e o neurocirurgião José Luiz Gomes da Silva. Eles seriam responsáveis pelo atendimento a Pavesi, que caiu durante uma brincadeira no prédio onde morava e, segundo o Ministério Público, teve o tratamento negligenciado para que a retirada dos órgãos fosse possível.

O pai do menino conseguiu asilo humanitário na Itália ao denunciar perseguições de um grupo político no sul de Minas supostamente orientado pelo deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB), citado em sentença judicial como ex-sócio de um dos médicos e um dos responsáveis pela criação da central clandestina. O parlamentar sempre negou as acusações. A surpresa do julgamento é a participação de Pavesi via videoconferência como testemunha de acusação.

Foram arroladas 10 testemunhas pela defesa e três pela acusação. A sessão será presidida pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, da 1ª Vara Criminal. Em fevereiro de 2014, os médicos Sergio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes foram condenados, respectivamente, a 14, 17 e 18 anos de prisão pelo crime de remoção de órgãos de Paulo Pavesi, com o agravante de prática em pessoa viva, resultando em morte. Eles chegaram a ser presos, mas receberam habeas corpus e cumprem medidas cautelares, como a proibição de trabalhar na rede pública, enquanto aguardam recurso.

R7

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