Nestor Cerveró é condenado a 5 anos de prisão pelo Juiz da Lava-Jato

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou nesta terça-feira o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, a cinco anos de prisão em regime inicialmente fechado além de multa de R$ 591 mil, por lavagem de dinheiro na compra, de forma ilegal, de um apartamento de cobertura na rua Nascimento e Silva, 601, no Rio de Janeiro. O juiz acredita que o apartamento, adquirido em abril de 2009, tenha sido comprado com recursos que Cerveró obteve de propinas obtidas em contratos na Petrobras. Na sentença, o juiz confiscou o apartamento, que será vendido e o valor revertido para a Petrobras.
Em sua sentença, Moro diz que Cerveró foi ganancioso, já que em 2009 recebeu um salário anual líquido de R$ 815.972,87 “e não tinha qualquer necessidade econômica de enveredar pelo mundo do crime, indicando ganância excessiva. Merece especial reprovação a conduta de empregado público já abastado que tai, por mais dinheiro, seu ofício”.

Moro diz que há provas de que para comprar o apartamento, Cerveró constituiu, com o auxílio do uruguaio Oscar Algorta Raquetti, em abril de 2007, a empresa Jolmey Sociedad Anonima no Uruguai, e em novembro de 2008 abriu a subsidiária dessa empresa no Brasil, a Jolmey Brasil Administradora de Bens Ltda. O capital da empresa brasileira foi constituído por investimento direto da Jolmey, com o ingresso de R$ 2,6 milhões do exterior. Desse total, R$ 1,532 milhão foram utilizados para a aquisição do imóvel e o restante na reforma do apartamento. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o apartamento vale hoje R$ 7,5 milhões.

Após a compra do imóvel pela Jolmey, Cerveró, como real proprietário, “teria simulado a locação do apartamento para justificar a ocupação do bem”, segundo o juiz Moro. O “aluguel” foi fixado por preços bem abaixo do mercado.

O MPF chegou a denunciar Fernando Soares, o Fernando Baiano, como intermediário no negócio, mas o juiz Moro não recebeu a denuncia contra ele. Além disso, o juiz desmembrou a ação contra Oscar Algorta, que mora no Uruguai, e responde a processo separadamente. Cerveró ficou como único denunciado no processo.


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