Gastos com cultura representam 7% do orçamento dos potiguares

Estudo aponta que apenas 44% dos potiguares moram em municípios com a presença de cinemas

O gasto médio mensal familiar com atividades culturais no Rio Grande do Norte foi de R$ 239 em 2018, segundo a nova edição do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), estudo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor de consumo de cultura representa 7% do orçamento das famílias potiguares. Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 44% dos potiguares moram em municípios com a presença de cinemas. Além disso, outros apenas 46% das cidades têm museus abertos ao público.

“Isso é uma barreira de acesso potencial. Outras barreiras também podem agir, como o preço das entradas ou mesmo a distância física e a inexistência de transporte público para o acesso, mas é uma mensagem de dificuldade”, explica o pesquisador do IBGE Leonardo Athias.

Pessoas sem instrução ou que não completaram o ensino fundamental tinham menos acesso aos equipamentos culturais do que pessoas com maior nível de escolaridade. Para o grupo de pessoas com o ensino fundamental incompleto, o registro foi de que 64% dos entrevistados não têm acesso ao cinema.

“Você tem uma dupla desigualdade. Entendemos que há uma restrição de acesso à educação e ao mesmo tempo coincide com municípios que têm menos estrutura, menos presença de equipamentos culturais. Vemos isso pela distribuição regional, pelos estados do Norte e Nordeste, que têm menos estrutura de equipamentos, menos capilaridade, menores níveis socioeconômicos e você tem uma soma de desvantagens”, declara Leonardo Athias.

No Brasil, o gasto médio mensal familiar com atividades culturais alcançou R$ 282,86. O valor representa 7,5% das despesas totais dos brasileiros. Em 2018, 39,9% das pessoas moravam em municípios sem, ao menos, um cinema.

Diferença salarial

Apesar de terem se tornado maioria entre os trabalhadores do setor cultural, as mulheres continuavam ganhando menos do que os homens. De 2014 para 2018, a participação feminina passou de 47,6% para 50,5%. No último ano, o rendimento das mulheres foi de R$ 1.805, e dos homens foi R$ 2.586, uma diferença de R$ 781, enquanto em todos os setores, essa disparidade era de R$ 508.

“Essa diferença salarial está relacionada ao fato do setor cultural ter mais profissionais com nível superior e a gente sabe, pelos estudos de gênero, que a desigualdade nesse nível de escolaridade é maior do que em outros níveis”, declara o pesquisador.

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