Facebook perde US$ 119 bilhões e tem maior queda diária de Wall Street

O Facebook perdeu US$ 119 bilhões em valor de mercado nesta quinta-feira (26), e se tornou a empresa com a maior queda diária da história de Wall Street. A baixa acontece depois da divulgação do balanço da empresa para o segundo trimestre de 2018, quando a empresa anunciou projeções pessimistas para o futuro em termos de crescimento de receita e usuários, bem como queda nas suas margens de lucro.

O resultado já havia desanimado os investidores após o fechamento do pregão da quarta-feira (25), quando as ações caíram mais de 20% e fizeram a empresa perder US$ 128 bilhões em valor de mercado. Ao longo desta quinta-feira, a rede social comandada por Mark Zuckerberg conseguiu recuperar parte desse valor, encerrando o dia cotada a US$ 510 bilhões – no pregão da quarta-feira, estava em US$ 629 bilhões.

Entenda o caso
A perda de valor de mercado registrada nesta quinta-feira é muito próximo ao valor de empresas como Nike (US$ 125,1 bilhões) e General Electric (US$ 114 bilhões). Só o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, perdeu US$ 15,4 bilhões, tendo agora uma fortuna avaliada em US$ 67,1 bilhões. Ele caiu duas posições no ranking dos mais ricos do mundo da revista Forbes – agora, ele está em sexto, depois de ser ultrapassado pelo megainvestidor Warren Buffett (US$ 82,6 bilhões) e pelo dono da Zara, Amancio Ortega (US$ 72,3 bilhões). O mais rico do mundo segue sendo Jeff Bezos, presidente executivo da Amazon, com fortuna avaliada em US$ 148,6 bilhões, segundo a Forbes.

Além disso, a perda de valor do Facebook supera de longe os US$ 95 bilhões de desvalorização que a empresa teve no auge do caso Cambridge Analytica. O caso mostrou como o Facebook tomou uma série de decisões erradas nos últimos anos ao não proteger a privacidade de seus usuários – no escândalo, a consultoria obteve indevidamente as informações de 87 milhões de pessoas pela rede social. A empresa também enfrentou críticas por permitir a propagação de notícias falsas durante a campanha presidencial dos EUA, em 2016.

A onda de notícias negativas fez o Facebook mudar suas políticas de privacidade e segurança. Mark Zuckerberg, cofundador da rede social, deu explicações nos EUA e na Europa. O trabalho de contenção de crise parecia ter dado resultado – em três meses, a empresa conseguiu recuperar seu valor de mercado antes da crise. No entanto, a conta chegou agora. “A credibilidade do Facebook com investidores foi afetada. Se os resultados e projeções fossem bons, o impacto poderia não acontecer. Mas não foi o caso”, disse o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Pedro Waengertner.

Fonte: OP9


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