MINA DE OURO: Candidaturas dos filhos de Garibaldi, Robinson e Agripino são as mais ricas
Jovens, filhos de políticos influentes e cheios de dinheiro na conta da campanha. É assim que estão os candidatos a deputado federal Walter Alves (PMDB), Fábio Faria (PSD) e Felipe Maia (DEM), que aparecem, nesta ordem, como os detentores das campanhas mais caras para a Câmara Federal. Segundo dados do portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha dos três, juntos, já ultrapassou a casa dos R$ 2,7 milhões.
Novato na disputa, o deputado estadual Walter Alves, filho do ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho, tem a campanha mais rica até o momento. Já foram doados para ele, exatos, R$ 1,089 milhão, e há, pelo menos, 10 grandes empresas nacionais e internacionais nesta lista de doadores. A Alpargatas, por exemplo, doou R$ 200 mil; o banco Itaú, R$ 75 mil; o Safra, 30 mil; a CRBS, R$ 80 mil; a Prada, mais R$ 300 mil; e a Vale, R$ 50 mil, mesmo valor doados pela Alesat, Gerdau e pelo banco BTG.
Deputado federal, Fábio Faria, filho do candidato ao Governo do RN, Robinson Faria, não ficou muito atrás. Até agosto, ele já havia recebido R$ 915 mil de doações. Teve menos doadores que Walter Alves, mas as quantias recebidas foram maiores. A JBS, grupo dona da marca Friboi, por exemplo, doou R$ 500 mil para a campanha do peessedista vice-presidente da Câmara Federal. O banco BTG “chegou junto” com outros R$ 250 mil; a construtora MRV, R$ 100 mil e o banco Itaú, mais R$ 50 mil.
Também deputado federal e filho do senador José Agripino, presidente nacional do DEM, Felipe Maia é o terceiro da lista de maiores arrecadadores da disputa pela Câmara Federal. O parlamentar recebeu, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, R$ 740 mil em doações. A principal doadora foi a empresa Koleta Ambiental, que doou R$ 350 mil para o democrata.
A Koleta Ambiental Ltda se coloca como a maior empresa da América Latina no seu segmento: a coleta, transporte e destinação final de lixo e resíduos sólidos. Além dessa empresa, a JHV doou R$ 100 mil; a Arosuco, R$ 90 mil; e a potiguar Guararapes, R$ 50 mil.