Eduardo Bolsonaro acusa governo Fátima Bezerra de politizar a pandemia
O Rio Grande do Norte é um dos dois estados do Brasil que ainda não abasteceram a plataforma do Ministério da Saúde, que monitora o número de vacinados contra a Covid-19. Além do RN, São Paulo também não enviou dados para o Vacinômetro do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (Sipni), que organiza informações de todas as vacinas que são aplicadas no país.
Apesar do sistema nacional não apresentar informações do RN, o governo vem atualizando diariamente a plataforma RN+Vacina. Até a segunda-feira (1º), a contagem de vacinação contra a Covid-19 estava em 45.522.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública informou que vem adotando a medida como forma de oferecer maior transparência à população com um nível maior de detalhamento, uma vez que o RN+Vacina permite filtrar o avanço da campanha por município. O Governo de São Paulo utiliza a mesma estratégia.
A falta de dados do RN no Sipni provocou reação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Pelas redes sociais, ele criticou a governadora potiguar e afirmou que a ação é “politização da pandemia”, logo após publicar uma foto do governador de São Paulo João Doria (PSDB) e uma da governadora Fátima Bezerra (PT) ao lado do ex-presidente Lula.
“Depois Dória e Fátima Bezerra farão de tudo para apontar desorganizações nos dados do governo federal que eles próprios provocaram. Resumindo, é o fortalecimento da narrativa ‘a culpa é do Bolsonaro’ em detrimento da saúde dos brasileiros”, disse o deputado.
Por meio de nota, o Governo do Rio Grande do Norte respondeu ao filho do presidente e destacou dificuldades no diálogo com o Ministério Federal para a consolidação dos dados. A Sesap disse ainda que o processo de compartilhamento com o sistema do SUS já está em fase de conclusão.
“O Rio Grande do Norte já está em fase de conclusão de compartilhamento de dados com o DataSUS e o SIPNI, para integração junto à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) – plataforma nacional de interoperabilidade de dados em saúde. Cabe destacar que houve demora na resposta do DATASUS ao Estado, o que contribuiu para que a nossa ferramenta ficasse mais adiantada do que a do Ministério, em todos os aspectos”, explicou a Sesap.