PIB recua 1,9% no 2º trimestre, e país entra em recessão técnica

A economia brasileira encolheu 1,9% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano, informou o IBGE nesta sexta-feira. É o pior resultado para qualquer trimestre desde o primeiro trimestre de 2009, quando o recuo foi de 2,2%. Também é o pior resultado para um segundo trimestre de toda a série histórica, iniciada em 1996. Analistas esperavam queda de 1,7%, de acordo com a mediana das projeções compiladas pela Bloomberg. Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a queda foi de 2,6%. No acumulado do semestre, o recuo foi de 1,2% e, em 12 meses, a economia tem queda de 2,1%.

No primeiro trimestre deste ano, o PIB revisou a queda de 0,2% para 0,7% frente aos últimos três meses de 2014, segundo dados divulgados em maio. Quase todos os componentes do PIB recuaram no segundo trimestre, frente ao trimestre anterior. A única exceção foi o consumo do governo, que subiu 0,7%. O investimento — medido pela Formação Bruta de Capital Fixo — caiu 8,1%, enquanto o consumo das famílias teve queda de 2,1%. A indústria, por sua vez, teve perda de 4,3%, enquanto na agropecuária essa taxa foi de 2,7%.

Desde então, as pesquisas mensais divulgadas pelo IBGE e por outros órgãos mostraram deterioração do cenário econômico. Indústria, varejo e serviços fecharam o semestre com resultados negativos, de acordo com as pesquisas conjunturais do instituto. Recentemente, o IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central e considerado uma espécie de prévia do PIB, registrou queda de 1,89% no segundo trimestre, pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009.

Diferentemente do que ocorreu nos dois anos anteriores, a perda de ritmo da atividade em 2015 é acompanhada por uma piora mais forte do mercado de trabalho, o que agrava a crise. Na semana passada, o IBGE informou que a taxa de desemprego subiu para 8,3% no segundo trimestre, de acordo com a Pnad Contínua, que contém dados de todos os estados brasileiros.

As perspectivas de analistas para este ano não são boas. De acordo com o mais recente boletim Focus, do Banco Central, a mediana das projeções indica queda do PIB de 2,06% em 2015. Se a previsão estiver correta, será o primeira retração anual desde 2009 (-0,2%), ano pós-crise global, e o pior resultado em toda a série histórica, iniciada em 1996.

Nas últimas semanas, até a retomada gradual de fôlego em 2016 passou a ser deixada de lado por analistas. No início do ano, o mercado chegou a prever crescimento de 1,8% no ano que vem, de acordo com a pesquisa do BC, mas o otimismo perdeu força. A projeção mais recente para o próximo ano é de leve retração de 0,24%, seguida de resultado positivo de 1,5% em 2017.

O Globo

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