NOVO CENÁRIO: Pela 1ª vez em seis anos, empresas conseguem reduzir endividamento

(Imagem: Reprodução)

Após registrar níveis alarmantes, o que levou a número recorde de pedidos de recuperação judicial, o nível de endividamento das empresas brasileiras, especialmente as de grande porte, começa a cair. Há um esforço extra em renegociar as dívidas para estarem mais bem preparadas para a recuperação da economia, que deve se intensificar a partir de 2018.

Diferentes indicadores apontam para essa melhora. Dados da Economática mostram que as empresas de capital aberto (com ações na Bolsa) encerraram o segundo trimestre com dívidas líquidas de R$ 533,5 bilhões, montante 1,4% inferior ao de igual período de 2016. Foi a primeira queda após seis anos de crescimento. O valor exclui a Petrobrás que, sozinha, reduziu seu endividamento em 11% no período.

Segundo Alexandre Castanheira, responsável pela área de mercado de capitais de renda fixa do Morgan Stanley, parte da redução das dívidas veio do câmbio. “As empresas que tinham endividamento em dólar, que caiu de R$ 4 para pouco mais de R$ 3, conseguiram reduzir a alavancagem sem fazer muita coisa.”

Também houve movimento grande das empresas em trocar dívidas de curto prazo por longo prazo e dívidas mais caras por mais baratas nos mercados de capital local e internacional. Houve ainda venda de ativos, fechamento de unidades e otimização de operações.

“Há empresas que conseguiram reduzir custos, aumentar a produtividade, redefinir linhas de produtos e se reposicionar no mercado”, acrescenta o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados.

Relatório do Santander com base nos balanços das empresas listadas no Ibovespa indica que, no quarto trimestre de 2015, no ápice da crise, as empresas levariam 3,7 anos para pagar suas dívidas com base na geração de caixa no período.

No trimestre passado, esse período foi reduzido a 2,1 anos. “Ainda está acima da média histórica, de 1,5 ano, mas a tendência é declinante”, afirma Daniel Gewehr, estrategista-chefe da área de análise do Santander. “Entre o fim de 2015 e início de 2016, os investidores estavam com medo da alavancagem das empresas, mas hoje essa questão não preocupa mais.”

No caso das companhias de capital fechado, normalmente de menor porte e com menos acesso ao crédito bancário, dados do Centro de Estudos do Instituto Ibmec (Cemec) mostram que o porcentual de empresas que não tinha capacidade de pagar suas dívidas ficou estável em 35,6% em 2016. Os balanços desse grupo só são divulgados anualmente.

Estadão Conteúdo

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