Economia: FMI reduz a 1,3% previsão para o PIB brasileiro e países emergentes crescerão 4,6%
O FMI revisou o crescimento do PIB brasileiro para baixo, pela quarta vez. Segundo as novas previsões do Fundo Monetário Internacional, a economia brasileira deve crescer 1,3% em 2014. A previsão em abril era de que cresceria 1,8%. Para 2015, a revisão para baixo foi similar, de 2,6% para 2%.
O Panorama Econômico Mundial, relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado nesta quinta (24), também revisou para baixo as duas maiores economias do mundo. Os EUA crescerão, de acordo com o relatório, 1,7% neste ano (contra 2,8% previstos anteriormente) e a China, 7,4% (em abril a previsão era de 7,6%).
Em texto que acompanha o relatório, os economistas do Fundo explicam que, se o primeiro semestre deste ano foi decepcionante em boa parte do mundo, o segundo será melhor, especialmente nos EUA e na China. No Brasil, “condições financeiras mais apertadas e uma prolongada falta de confiança entre o empresariado e os consumidores tem segurado investimentos e o consumo”, segundo o texto divulgado pelo Fundo.
A expectativa do FMI está abaixo da esperada pelo governo brasileiro. Na terça-feira (22), o Ministério da Fazenda cortou a projeção de expansão do PIB em 2014 de 2,5% para 1,8%. Essa previsão faz parte do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento do ano. O Banco Central prevê alta de 1,6%. Apesar de mais pessimista que a visão do governo, o FMI espera um crescimento maior que o previsto por analistas brasileiros. O Boletim Focus desta semana, feito pelo BC com analistas de cerca de 100 instituições, apontou previsão média de “apenas 0,97%”.
EMERGENTES
O mundo emergente deverá crescer 4,6% neste ano e 5,2% no ano que vem. Os economistas do FMI sugerem “urgentes reformas estruturais para fechar lacunas de infraestrutura, aumentar a produtividade e levantar o potencial de crescimento”.
DESENVOLVIDOS
Nos EUA, o primeiro trimestre foi afetado pelo inverno mais longo e severo que de costume e uma queda nas exportações; na China, a demanda doméstica foi menor que a esperada. Mas ambos países devem se recuperar no segundo semestre. Reino Unido, Alemanha e Japão, três das seis maiores economias do mundo, estão entre os raros casos em que o FMI revisou o crescimento para cima -3,2%, 1,9% e 1,6% de alta em seus PIBs em 2014, respectivamente. A zona do euro crescerá 1,1% em 2014 e 1,5% no ano que vem.