Dólar bate R$ 4,12 mesmo com anúncio de leilão do Banco Central

Dólar se mantém acima dos R$ 4 nesta segunda-feira

A desconfiança do investidor em relação ao cenário doméstico levou o dólar à cotação máxima de R$ 4,1221 nesta segunda-feira, 20. A moeda americana começou o dia em baixa, respondendo à antecipação de leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) do Banco Central e ao dólar mais fraco no exterior em decorrência da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Às 13h09, a cotação era de R$ 4,1101, com alta de 0,24%.

O avanço reflete sinais de deterioração da confiança do investidor no capital político do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos, afirmou nesta manhã que a proposta será tocada independentemente da relação entre Bolsonaro e o Congresso.

O mercado também está atento à tramitação de medidas provisórias na Câmara, especialmente a 870, que reestrutura os ministérios e esbarra em disputas políticas, e à atividade econômica decepcionante. Na pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta manhã, analistas cortaram a mediana das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 de 1,45% para 1,24%.

Na Bolsa, uma correção técnica apoia alta do Ibovespa, que chegou a superar 1% de avaço e os 91 mil pontos depois de ter fechado abaixo dos 90 mil na semana passada. A cautela com o quadro local, porém, limita os movimentos em ambos os mercados.

No exterior, o tom é de aversão ao risco, após companhias americanas suspenderem alguns negócios com a gigante de tecnologia chinesa Huawei, afetada por um decreto que limita suas operações nos Estados Unidos. O temor é de retaliação de Pequim num quadro já bastante sensível pelas indefinições das disputas comerciais EUA-China.

Dólar atinge maior cotação desde setembro de 2018
Quando bateu em R$ 4,1221, com alta de 0,53%, o dólar atingiu o maior valor desde 25 de setembro de 2018, quando foi cotado a R$ 4,1419.

O operador de câmbio da Fair Corretora, Hideaki Iha, avalia que a escalada do dólar vai afetar a inflação interna, que está sob controle atualmente, e o Banco Central precisaria fazer mais do que apenas antecipar a rolagem do vencimento de linha de junho, num total de US$ 3,750 bilhões – o BC anunciou três leilões desta segunda-feira até quarta.

O dólar já vem de três altas seguidas, que estavam acumuladas em 3,93% no mercado à vista até sexta-feira passada. O cenário político pirou muito, com mudanças sendo discutidas no projeto da reforma da Previdência, risco de recriação de ministérios, manifestação de apoiadores de Bolsonaro em resposta aos protestos contra cortes na área de Educação, revisões de PIB para baixo e desemprego em alta, relata o profissional da Fair Corretora.

Agência Brasil

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