Dólar abre semana em alta e vai a R$ 3,88 em meio à cautela com cena política

A segunda-feira, 10, começou com os investidores comprando dólares no mercado de câmbio, temendo os danos do vazamento de supostas conversas entre o então juiz da operação Lava Jato, agora ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores do Ministério Público (MP). Mas o movimento perdeu força e a moeda americana reduziu a alta e passou a tarde operando perto da estabilidade, com a visão nas mesas de que as reformas econômicas de Jair Bolsonaro podem não ser comprometidas e a Previdência vai avançar. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,18%, a R$ 3,8838.

O volume de negócios foi fraco, 30% abaixo de um dia normal, segundo operadores, por conta do calendário esvaziado de eventos desta segunda-feira e a expectativa pela agenda dos próximos dias. Os dois mais aguardados são nesta terça-feira (11), com a votação do pedido de crédito suplementar do governo, e na quinta-feira (13) a apresentação do relatório da comissão especial sobre a reforma da Previdência. Na máxima, pela manhã, a moeda americana chegou bem perto dos R$ 3,90 (R$ 3,8994).

“O mercado abriu comprando dólares, com o temor da repercussão das notícias envolvendo Moro”, destaca o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. Ao longo do dia, quando aumentou a percepção de que o impacto é pequeno, principalmente na Previdência, o movimento de compra perdeu força, ressalta ele. O exterior positivo, com alta das bolsas em Nova York, e queda do dólar ante alguns emergentes, como México, Turquia e África do Sul, também contribuiu para reduzir a valorização da moeda americana aqui. O dólar, porém, subiu ante divisas fortes.

O cientista político Luciano Dias, da CAC Consultoria Política, avalia que, considerando o que foi conhecido até agora, é neutro o impacto político do vazamento, na medida em que não trazem nada de novo e não há citação de políticos do Congresso ou menções a Jair Bolsonaro. “Pode parecer escandaloso, mas não é nada de novo”, disse ele, destacando que era evidente que havia algum tipo de coordenação entre os juristas envolvidos na Lava Jato. Na mesma linha, a consultoria norte-americana de risco político Eurasia avalia que os vazamentos têm impacto na Operação Lava Jato e nas propostas de Moro, mas não na agenda de reformas nem no timing de aprovação da Previdência.

No exterior, o acordo comercial entre o México e a Casa Branca e a possibilidade de avanço nas conversas de Washington com a China ajudaram a elevar a procura por rentabilidade em emergentes. “O anúncio do acordo apoiou a busca por ativos de risco”, afirmam os estrategistas do grupo financeiro holandês ING. “O acordo aumenta a expectativa de que o presidente Donald Trump e o chinês Xi Jinping possam encontrar espaço para diálogo na reunião do G-20 no Japão.”

Estadão Conteúdo

Últimos Eventos

21/09/2019
São Vicente/RN
03/03/19
Master Leite
06/05/18
Parque Dinissauros - Povoado Sto Antonio (Cobra)
Março 2017
Aero Clube

Mais eventos

Jornal Expresso RN

Baixar edições anteriores

Curta Jean Souza no Facebook

Siga Jean Souza no Instagram

Empresas filiadas

Banners Parceiros

Design por: John Carlos
Programação por: Caio Vidal
© 2021 Direitos Reservados - Jean Souza