Nasa apresenta provas concretas de água líquida e corrente em Marte

As marcas escuras e estreitas, de cerca de 100 m de comprimento por 5 m largura, foram registradas pela sonda MRO em Marte. Cientistas da Nasa acreditam que os leitos provam que existe água líquida e corrente no planeta .

As marcas escuras e estreitas, de cerca de 100 m de comprimento por 5 m largura, foram registradas pela sonda MRO em Marte. Cientistas da Nasa acreditam que os leitos provam que existe água líquida e corrente no planeta .

Cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana, anunciaram nesta segunda-feira (28) uma descoberta sem precedentes em Marte: existem sinais concretos de água líquida e corrente no planeta. Mais informações serão dadas logo mais em uma conferência com o diretor de ciências planetárias da Nasa, Jim Green, o chefe do Programa de Exploração de Marte, Michael Meyer, entre outros pesquisadores da agência.

Imagens da sonda MRO, que está em órbita do planeta vermelho, localizaram leitos de 100 metros de comprimento (aproximadamente um campo de futebol) e menos de 5 metros de largura. A hipótese inicial, publicada na revista “Nature Geoscience”, é de a água corre ali, nos dias de hoje, e forma as estrias.

Os pesquisadores apostam ainda que a água é salgada, porque já foram encontrados sais hidratados nas marcas da cratera Hale.

Imagens de alta resolução mostraram que as estrias aparecem nas encostas da cratera durante as estações quentes e alongam-se para, em seguida, desaparecerem durante as estações mais frias. A variação de temperatura sugere que elas sejam feitas por água líquida.

O cientista Lujendra Ojha e seus colegas criaram um método para decifrar o espectro dos pixels das imagens enviadas pela sonda. E, em todos os locais examinados, foi detectada a presença de sais minerais hidratados que precipitam da água. Por outro lado, os sinais de sais não aparecem nos espectros do terreno ao redor das estrias.

Eles concluíram, portanto, que existe uma ligação entre as estrias recorrentes e os sais depositados com o fluxo de água salgada em Marte.

Vizinho querido

Conhecido como o planeta vermelho, Marte sempre despertou grande curiosidade e interesse nos terráqueos, em parte por ser um dos planetas mais próximos da Terra com possibilidade de ter tido vida em algum momento de sua história.

O planeta, que leva este nome em homenagem ao deus romano da guerra, tem coloração avermelhada por causa de uma alta concentração de óxido de ferro e, teoricamente, por sua distância do Sol, seria muito gelado para conseguir manter água na forma líquida em sua superfície.

No entanto, o jipe-robô ‘Curiosity’ (na tradução do inglês, curiosidade), que busca vestígios de vida no planeta, encontrou evidências contrárias: sais no solo podem diminuir o ponto de congelamento da água, formando camadas de água super salgada (salmoura).

Cientistas acreditam que finas camadas de água se formam quando os sais no solo, chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera.

A temperatura dessas camadas líquidas seria de -70°C –muito frio para abrigar qualquer tipo de vida microbiana da maneira que conhecemos.

Essas salmouras, formadas nos 15 cm mais superficiais do solo marciano, também estariam expostas a altos níveis de radiação cósmica –outra coisa que poderia ser considerada um obstáculo para a existência de vida.

Mas ainda é possível que organismos existam em algum lugar sob a superfície de Marte, onde as condições são mais favoráveis.

Oceano em Marte?

Em março deste ano, um artigo publicado na revista especializada “Science” por cientistas da Nasa já anunciava que “em algum momento” existiu em Marte um oceano tão extenso quanto o Ártico. O planeta era úmido e havia água o bastante para cobrir completamente a superfície até uma profundidade de 137 metros.

Bilhões de anos atrás, Marte, que não tem um campo magnético protetor global, perdeu grande parte de sua atmosfera. Há várias iniciativas para determinar a quantidade de água do planeta que desapareceu e quanto continua na forma de gelo nas reservas subterrâneas.

Os pesquisadores acreditam que a água provavelmente formava um oceano que cobria a metade do hemisfério norte do planeta. A estimativa se baseia em observações muito detalhadas sobre formas levemente distintas da água: a mais familiar, formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrógeno (H2O), e a água pesada, quando um dos dois átomos de hidrogênio é substituído por deutério.

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