Ibama diz que vai investigar origem de manchas encontradas em praias do RN

Órgão ressaltou que é difícil identificar a fonte de vazamentos de óleo no mar

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou nesta quarta-feira, 11, que vai investigar a origem das manchas que surgiram no último final de semana em praias do litoral do Rio Grande do Norte. Em nota, o órgão disse que coletou amostras do material e as encaminhou para análise no Rio de Janeiro.

Segundo o Ibama, além da análise das amostras da substância, a investigação consistirá no monitoramento de imagens de radar e satélite. O órgão, contudo, ressaltou que é difícil identificar a fonte de vazamentos de óleo no mar – se é que a substância realmente é óleo, como se suspeita. “Quase sempre as investigações não são satisfatórias visto a (sic) grande extensão de água e suas correntes, além das várias causas de aparecimento de manchas de óleo nas praias”, destacou o Ibama.

As manchas pretas começaram a ser encontradas no RN no final de semana. Inicialmente, o material foi localizado nas regiões da Via Costeira, em Natal; em Muriú, Extremoz; e também em Barra de Maxaranguape. Na segunda-feira, 9, as manchas chegaram a praias da região de Pipa, em Tibau do Sul. O Ibama também diz que há relatos de manchas em Camurupim, em Nísia Floresta.

A principal suspeita é de que a substância encontrada nas praias potiguares seja piche, provavelmente despejado por alguma embarcação em alto mar. Entretanto, essa tese ainda não foi confirmada pelas autoridades.

O material visto no Rio Grande do Norte é semelhante a substâncias que foram encontradas em praias de Pernambuco e da Paraíba na semana passada. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a mancha observada nos outros estados era piche. O órgão ambiental informou que, em uma praia na região do Porto de Suape, foram localizadas também duas tartarugas mortas – que tinham a substância no casco. Os animais foram recolhidos pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, já são quatro os estados com relatos de manchas de piche que chegaram a regiões de praia. Além de Paraíba, Pernambuco e, agora, Rio Grande do Norte, a substância também foi localizada no estado de Alagoas.

“Grandes distâncias entre manchas de óleo encontradas em praias costumam indicar que o ponto de despejo está distante. Considerando que o litoral dos estados não concentra oleodutos e plataformas, órgãos ambientais consideram a hipótese de que o material seja procedente de embarcações”, disse o Ministério do Meio Ambiente, em nota enviada ao Agora RN.

As características do piche, ainda de acordo com o MMA, indicam que o material tenha sido despejado há bastante tempo. Segundo o Ibama, “o óleo pode ter decantado há algum tempo e só agora ressurgiu, sendo carregado pelas correntes até as praias”. O órgão acrescentou que um avião sobrevoou a faixa litorânea do Nordeste no início da semana passada e, na ocasião, não foram vistas manchas de óleo na água.

Em Tibau do Sul, onde fica Pipa – segundo maior destino turístico do Estado –, garis e voluntários decidiram se unir para recolher a substância das praias. O secretário municipal de Meio Ambiente, Leonardo Tinôco, afirmou ao Agora RN que o problema já foi atenuado, embora a substância continue chegando às praias trazida pelo mar.

Segundo Tinôco, o material recolhido pelos agentes da prefeitura e barraqueiros da região, além de outros voluntários, deverão ser encaminhados para o Aterro Sanitário de Ceará-Mirim, na Grande Natal, mas, como a substância ainda não está identificada, a destinação exata pode ser outra.

Em nota, o Ibama recomendou à prefeitura e aos voluntários que procurem empresas como a Cril e a Brasólio, que, segundo o órgão federal, são “competentes para receber esse material de contaminação e fazer seu descarte de forma sustentável”. Os técnicos aconselham, ainda, que aqueles que se propuserem a fazer a limpeza evitem entrar em contato diretamente com a substância. A orientação, neste caso, é para o uso de luvas e botas.

Relatos de animais afetados pela contaminação devem ser comunicados ao Ibama, por meio do telefone (84) 3342-0413, e o projeto Cetáceos da Costa Branca, no número (84) 98843-0058.

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