Delator afirma que Temer, Cunha e Henrique Alves participaram de reunião sobre propina de 40 milhões de dólares

Uma reunião realizada em São Paulo para discutir pagamentos em torno do bilionário contrato para adequar instalações da Petrobras no exterior às regras de segurança, meio ambiente e saúde (SMS). As instalações estavam espalhadas por nove países, entre eles Paraguai, Uruguai, Argentina, Equador, Chile, Colômbia, Bolívia, Japão e Estados Unidos. Em sua colaboração, Rogério Araújo, ex-diretor da Odebrecht Plantas Industriais, relata sobre uma reunião realizada em São Paulo no dia 15 de outubro de 2010 para tratar de pagamentos equivalentes a 5% de um contrato de US$ 800 milhões (o valor exato foi US$ 825,6 milhões) para a cúpula do PMDB.

Araújo descreve uma casa sem muro e nem identificação, que tinha um jardim na frente e sem sinalização onde chegou à reunião junto com Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Industrial. Os dois executivos foram levados pelo motorista da empresa, Adélsio de Paula.“A gente entra na casa, o lobista João Augusto já estava lá com Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara, preso em Curitiba]. Entramos e fomos para uma sala de reunião. E lá estava o [então] vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer na cabeceira, e do lado dele sentou o Henrique Eduardo Alves e do mesmo lado Eduardo Cunha”, lembrou Araújo.

No vídeo de seu depoimento, o ex-executivo da Odebrecht diz que só ficou sabendo que o escritório era de Temer ao chegar ao local. Ele disse que chegaram a conversar amenidades e que ele chegou a perguntar a Temer como era lidar com Dilma Rousseff, pessoa considerada “complicada”. Segundo seu relato, Temer afirmou que qualquer problema com ela seria resolvido pelos “rapazes”, Eduardo Cunha e Henrique Alves.


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