Presa quadrilha de cambistas que movimentava R$ 200 milhões por Copa
A Polícia Civil do Rio desarticulou uma quadrilha especializada na prática de cambismo nas Copas do Mundo. Onze pessoas, sendo duas delas em São Paulo, foram presas nesta terça (01). No grupo, está o argelino Mohamed Amin que vive em Dubai e está no Rio para o Mundial. Segundo o delegado da 18ª (Praça da bandeira), Fábio Baruck, ele seria o chefe da quadrilha que movimentava R$200 milhões por Copa, e o lucro por jogo chegava a R$1 milhão.
Os ingressos eram conseguidos através de pessoas que ganhavam cortesia da Fifa. A quadrilha se utilizava também de três agências de turismo em Copacabana para vender os ingressos aos interessados. Segundo a polícia, eles confessaram utilizar o esquema em quatro Copas e foram indiciados por formação de quadrilha, cambismo e lavagem de dinheiro.
A operação contou com apoio de várias delegacias. Na ação, foram apreendidos ainda cadernos com a contabilidade do bando, ingressos, cartões, e as contas bancárias dos envolvidos foram bloqueadas. As três empresas de turismo foram fechadas em Copacabana.
Nesta segunda (01), dois americanos e uma italiana, hospedados num hotel de Copacabana, foram presos, em flagrante vendendo ingressos para jogos da Mundial dentro do estabelecimento. Com eles, policiais civis apreenderam cerca de 200 entradas, 10 mil dólares americanos (R$ 22.115), 750 dólares australianos (R$ 1.562) e 160 euros (R$ 483). Eles foram autuados por formação de quadrilha e pelo crime de cambismo (previsto no Estatuto do Torcedor). A Justiça já decretou a prisão preventiva dos três.