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Celulares e computadores atrasaram mesmo sem horário de verão

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Os relógios de alguns celulares e computadores do sistema operacional Android foram atrasados automaticamente em uma hora à meia noite deste domingo (21).

Os horários foram alterados porque os aparelhos não consideraram o cancelamento do horário de verão, determinado pelo governo de Jair Bolsonaro em abril de 2019. Caso não tivesse sido extinto, o horário teria sofrido atraso neste domingo com o encerramento do período.

O Google, responsável pelo sistema Android, enviou nota sobre o tema.

O texto diz que “alguns celulares possivelmente não têm a informação necessária para evitar que o relógio dos aparelhos seja alterado automaticamente como se o horário de verão ainda estivesse valendo”.

Para trazer brasileiros, Itamaraty faz acordo com Portugal

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Brasil e Portugal selaram um acordo e vão disponibilizar um voo extraordinário para trazer brasileiros que estão em Lisboa. As viagens do país europeu para o território nacional estão suspensas por conta do agravamento da pandemia de Covid-19. Na conversa entre o Itamaraty e as autoridades portuguesas, ficou definido que um voo especial sairá de Lisboa e chegará ao Aeroporto Internacional de Guarulhos na próxima sexta-feira (26). O acordo só valerá para quem comprar passagens de volta por meio da empresa portuguesa TAP.

Segundo a Associação Brasileira de Portugal, atualmente 360 brasileiros estão em Portugal sem conseguir retornar. Para embarcar, os passageiros devem mostrar o resultado de um teste, feito em até no máximo 72 horas, comprovando que não estão infectados pela Covid-19. Ao chegarem de volta, todos deverão preencher um formulário emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

15 mil portugueses já morreram vítimas da Covid-19. A previsão é que os voos entre Portugal e Brasil permaneçam suspensos até o dia 1º de março.

Bolsonaro assinará decreto para obrigar postos de gasolina a exibir composição de preços

O governo finalizou um decreto para obrigar postos de gasolina a apresentarem aos consumidores o valor de impostos cobrados sobre combustíveis. O texto, ao qual o GLOBO teve acesso, deve ser assinado nos próximos dias pelo presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o decreto, estabelecimentos deverão instalar painéis com as seguintes informações: valor médio regional dos produtos; preço de referência para cobrança do ICMS; valor do ICMS; valor do PIS/Cofins; e valor da Cide.

A medida já havia sido defendida por Bolsonaro na semana passada. Pressionado pela alta nos preços da gasolina e do diesel, o presidente tem reclamado do que considera falta de transparência na composição dos preços pagos por consumidores nas bombas.

De acordo com o texto, as regras entram em vigor 45 dias após a publicação do decreto, ainda sem data definida.

O decreto prevê ainda que os postos detalhem preços promocionais em caso de descontos concedidos por meio de aplicativos de fidelidade — tipo de promoção adotada pelas principais redes de combustíveis no país.

De acordo com as novas regras, os postos deverão apresentar em um painel: o preço real; o preço promocional vinculado ao uso do aplicativo; e o valor do desconto.

As críticas aos preços de combustíveis estão no centro de uma crise entre o Palácio do Planalto e a Petrobras que culminou na troca do comando da estatal, anunciada pelas redes sociais por Bolsonaro.

Em uma manobra considerada por analistas de mercado uma intervenção na companhia, o presidente indicou para chefiar a empresa o general Joaquim Silva e Luna, hoje diretor-geral da Itaipu Binacional.

Ele substituirá Roberto Castello Branco, mas a troca ainda precisa ser confirmada pelo Conselho de Administração da petroleira.

WhatsApp: Aplicativo vai avançar com mudança nos termos de uso

O WhatsApp anunciou na última quinta-feira (18) que vai prosseguir com uma polêmica mudança nos termos de privacidade dos usuários, mas que incluiu mais informações para explicar as alterações.

Em janeiro, a plataforma de comunicação anunciou que preparava uma nova política de regras de privacidade, sob a qual iria compartilhar dados limitados dos usuários com o Facebook, sua controladora.

O anúncio causou críticas pelo mundo e motivou migração de usuários para rivais como Telegram e Signal. Com isso, o WhatsApp atrasou a entrada em vigor da política para maio.

Na mais recentemente comunicação, o WhatsApp afirmou que vai começar a lembrar os usuários para lerem e aceitarem os novos termos de modo a manter a plataforma funcionando para eles.

“Também incluímos mais informações para resolver preocupações que recebemos”, afirmou a empresa.

O anúncio do WhatsApp ocorreu enquanto o Facebook bloqueou acesso a todo conteúdo noticioso na Austrália disponível em sua plataforma, disparando uma onda de críticas de veículos de imprensa e políticos.

R7, com Reuters

Bancada federal do RN defende auxílio e diverge sobre financiamento

A bancada federal do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional, formada por oito deputados federais e três senadores, é amplamente favorável à volta do auxilio emergencial para os brasileiros que estão fora do mercado de trabalho ou entraram na informalidade por causa da pandemia do coronavírus. Os 11 parlamentares evitam falar em valores, em sua maioria, mas têm opiniões divergentes quanto às fontes de recursos e propostas do governo federal a respeito de cortes no orçamento da União, a fim de que o benefício retorne a partir de março.

O deputado federal Walter Alves (MDB) diz que defende a continuidade do auxílio emergencial desde a última parcela foi paga: “A pandemia ainda não acabou em estados com maior incidência dos grupos sócio econômicos C, D e E, que são os que mais sofrem. Aqui no RN, pouco mais de 70% da economia gira em torno de serviços e comércio e, em 2020, cerca de metade das famílias do Estado estavam inscritas no auxílio emergencial”.

E acrescenta: “Diante dessas e de outras informações, defendo o auxílio emergencial, se possível, nos valores inicialmente pagos com maior checagem para quem precise realmente seja beneficiado”, afirma o deputado Walter Alves, que continua: “Por outro lado, somos sabedores que essa conta tem que ser paga, mas não em áreas estratégicas como saúde, educação, segurança e o bolsa família, por exemplo”.

Para Walter Alves, o Congresso Nacional e o governo federal devem “encontrar um caminho dentro do orçamento referente ao custeio e, fundamentalmente, fazendo uma reforma tributária que permita uma melhor relação com os contribuintes, o sistema financeiro e as taxas básicas da economia”.

O deputado federal Rafael Motta (PSB) também diz que “é favorável ao retorno do auxílio emergencial nesse momento de recrudescimento da pandemia, com média móvel de mortes acima de mil brasileiros há quase um mês”. Segundo Motta, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputados e senadores “poderão se debruçar sobre as contas públicas para encontrar uma fonte de financiamento”.

Já o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) declara que, “primeiramente, a gente sabe da necessidade, inadiável, da volta ou da permanência do auxílio emergencial em função da vulnerabilidade existente ainda no país, de pessoas que carecem desse socorro do poder público”.

Depois, acrescentou Benes Leocádio, “sabemos que já existe um programa em execução como o Bolsa Família, que teremos de pensar para o futuro pós-pandemia. Eu defendo que possa ser reestruturado, atendendo exatamente aqueles que dele precisam”.

Na opinião de Leocádio, isso é natural, “até porque no ano passado, quando houve a implantação do auxílio de R$ 600,00, foi aprovado o “orçamento de guerra”, medidas que não viessem a atingir o equilíbrio fiscal e econômico do país, e o Congresso Nacional de pronto atendeu a todas as matérias que Executivo encaminhou e lá foram aprovadas, possibilitando o pagamento desse auxílio emergencial”.

Portanto, Leocádio reitera ser natural que a área econômica “esteja preocupada com a repercussão da concessão desses auxílios, sob pena de não trazer prejuízo ou dificuldade para a economia do país em razão dos números que podem trazer de desequilíbrio dos números da nossa economia”.

O deputado João Maia (PL) diz que, pessoalmente, e o seu partido, são favoráveis à retomada do auxílio emergencial por mais três meses, “ou até que pelo menos a gente conclua o processo de vacinação contra a pandemia de coronavírus para ver se a vida volta ao norma”. João Maia declarou que a discussão que “ouviu” até agora, “é mais rigor no processo de distribuição”.

A deputada federal Natália Bonavides (PT) disse que o auxílio emergencial “não deveria sequer ter acabado” e defendeu o seu retorno imediato, “pois a pandemia não passou, a política genocida do governo Bolsonaro impediu o país de ter vacinação adequada e sua política econômica provocou desemprego recorde e aumento no preço dos alimentos”.

Já o deputado Beto Rosado (PP) afirma que o auxilio emergencial “é muito importante nesse momento de pandemia, em que muitas famílias não têm como ter uma renda pra manter suas casas e o governo tem de fazer uma seleção, uma escolha dos beneficiários com critérios, para que também não possa cometer o erro de entrar numa crise econômica maior do que a que a gente já está tendo”. “Acho que o auxílio econômico tem de ser mantido, mas através de critérios mais rigorosos das famílias mais necessitadas, mais carentes para receber esse beneficio”, admitiu Rosado.

Para o deputado federal General Girão, a definição do valor e os critérios para inclusão de beneficiados dependem do planejamento orçamentário da União. “Gostaríamos de dar R$ 10 mil/mês para todos os brasileiros. Mas isso, só levaria à venezuelização. Por isso mesmo, dentro das responsabilidades fiscais do Governo Federal, estou de acordo com o planejamento orçamentário da União”, destaca.

A deputada federal Carla Dickson (PROS) afirma que “é totalmente a favor, é necessário, a gente viu que, ano passado, por causa do auxílio emergencial, algo que a Câmara conseguiu aprovar e o governo Bolsonaro sancionou, não tivemos um déficit econômico maior”. Carla Dickson soma-se aos parlamentares que defendem mais rigor na distribuição dos recursos emergenciais.

Tribuna do Norte

Flamengo vence o Internacional de virada, assume liderança e fica a uma vitória do título do Brasileirão

entrada de um lateral-direito reorganizou o Flamengo, que vinha atuando com Everton Ribeiro pela direita – sem muita intimidade – desde a saída de Isla

O Campeonato Brasileiro de 2020 terá emoção até o “minuto final”. De virada, o Flamengo venceu o Internacional por 2 a 1 neste domingo, no Maracanã, e, de quebra, assumiu a ponta da tabela, abrindo dois pontos de vantagem sobre o Colorado.

Líder pela primeira vez no torneio, o Rubro-Negro agora depende de uma vitória sobre o São Paulo, na quinta, para ser octacampeão nacional.

O Colorado, que se vencesse no Rio de Janeiro seria campeão, abriu o placar com Edenílson, mas o Rubro-Negro respondeu com gols de Arrascaeta e Gabriel Barbosa. Na próxima quinta, enquanto o time de Rogério Ceni visita o Tricolor no Morumbi, a equipe de Abel Braga recebe o Corinthians no Beira-Rio.

A história do jogo começou antes da bola rolar no Maracanã – e não apenas pela troca de farpas entre as diretorias. A ausência de Willian Arão foi lamentada internamente e com razão, Além de viver um bom momento, o volante que vinha sendo improvisado na zaga foi substituído por Gustavo Henrique, que cometeu pênalti infantil aos oito minutos – mais uma falha do camisa 2 na temporada, o que justifica a desconfiança da torcida sob o atleta. Edenílson, em cobrança perfeita, no ângulo abriu o placar para o Internacional.

Pelo Colorado, a escalação de Rodinei que movimentou o clube nos dias antes da decisão. Confirmado por Abel Braga após o pagamento de R$ 1 milhão ao Flamengo, por estar emprestado, o lateral-direito atuou dentro de suas características já conhecidas: forte no apoio ofensivo, frágil na defesa.

Foi pelo lado esquerdo de ataque, com Filipe Luís, Bruno Henrique e Arrascaeta, que o Flamengo mais criou, inclusive o lance do gol de empate. O lateral-esquerdo viu a subida de BH27, que ganhou na velocidade de Rodinei e, da linha de fundo, só rolou para o uruguaio empatar dentro da área, aos 28.

Apesar da maior posse de bola e de ter alternado o controle do jogo com o Inter, o Flamengo voltou a sofrer sustos no fim da primeira etapa, com as subidas de Moisés e Rodinei. O lateral-direito, invadindo a área, acertou a trave de Hugo, e o Colorado foi para o intervalo com mais finalizações que o rival.

Por tudo isso, Rodinei parecia predestinado a ser protagonista, mas acabou sendo de forma infeliz para o Inter. Aos três minutos, o ex-rubro-negro acertou o tornozelo de Filipe Luís e, após revisão no vídeo, Raphael Claus o expulsou aos três minutos da segunda etapa. Na sequência, Ceni sacou Isla, Diego e Rodrigo Caio – o último por lesão – e acionou Pedro, João Gomes e Natan.

As mudanças não surtiram o efeito e, por minutos, o Flamengo não fez valer a vantagem de ter um a mais em campo. Assim, coube ao trio de ataque, que já decidiu tantas vezes, garantir mais uma vitória. Gabriel Barbosa recebeu na intermediária e acionou Bruno Henrique, que logo encontrou Arrascaeta na esquerda. O uruguaio deu a assistência perfeita para Gabigol, já dentro da área, que finalizou de primeira na saída de Marcelo Lomba: 2 a 1 aos 17 minutos.

Após marcar, Gabigol sentiu dores e foi substituído por João Lucas. A entrada de um lateral-direito reorganizou o Flamengo, que vinha atuando com Everton Ribeiro pela direita – sem muita intimidade – desde a saída de Isla. O controle passou a ser do Rubro-Negro, mas a partida permaneceu tensa até o final.

Abel Braga apostou nas entradas de Maurício, Johnny, Peglow e Thiago Galhardo e o Inter terminou com jogadores exaustos, mas não conseguiu o empate que o manteria na primeira posição e em vantagem na rodada final. Nos acréscimos, Pedro chegou a balançar a rede, mas o gol foi anulado após revisão no VAR, na qual o árbitro Raphael Claus viu falta do centroavante.

Terra

Tremores de terra são registrados em Jandaíra e Caraúbas

O último em Caraúbas, de magnitude 2.7, foi registrado em 22 de janeiro e chegou a ser sentido pela população

O Laboratório Sismológico da UFRN (Labsis/UFRN) registrou dois tremores de terra de baixa magnitude no Rio Grande do Norte neste sábado (20). O primeiro ocorreu no município de Jandaíra, às 5h30 (horário local), e teve magnitude 1.7. O outro abalo sísmico, de magnitude 2.3, ocorreu às 16h18, na região de Caraúbas.

O geofísico do Labsis, Eduardo Menezes, explicou que tremores de terra vêm ocorrendo nessa região há mais de dois anos. “O Labsis acompanha essa atividade e mantém o pessoal da Defesa Civil sempre informado”, disse Menezes. O último em Caraúbas, de magnitude 2.7, foi registrado em 22 de janeiro e chegou a ser sentido pela população.

Blog do Ismael Medeiros

Brasil só terá resultado como o de Israel se vacinar idosos, diz especialista

Os países que têm o maior índice de vacinação contra Covid-19 a cada 100 mil habitantes já veem os efeitos da imunização. Em Israel, onde 47% da população já recebeu ao menos a primeira dose da vacina — o maior índice em todo o mundo —, os casos sintomáticos da doença causada pelo novo coronavírus caíram em 94%.

No Reino Unido, o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação, onde mais de 16 milhões de pessoas já receberam a primeira dose, o número de novos casos de Covid-19 foi de 55 mil em 15 de janeiro para 9.700 em 15 de fevereiro.

O sucesso nesses países provoca o questionamento: quando o Brasil começará a ver efeitos semelhantes? Para Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização, só será possível observar resultados quando a população idosa for vacinada.

Ela explica que, neste primeiro momento – e com uma quantidade pequena de doses disponíveis –, a vacinação pretende reduzir o número de internações e casos graves, não a transmissão — o que requereria uma grande parte da população vacinada.

De acordo com o Plano de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, o grupo de pessoas com condições que podem agravar a Covid-19 soma 12,6 milhões de indivíduos. Mais a população idosa, estimada em 28 milhões pelo IBGE, o total seria de 40,6 milhões de pessoas.

Até o momento, 5,4 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina, de acordo com levantamento da CNN junto às secretarias estaduais. Esse número também inclui profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e pessoas institucionalizadas, que fazem parte da primeira fase da vacinação.

Governo do RN pagou R$ 1,5 milhão por ventiladores danificados

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) gastou, em meio à pandemia de Covid-19, R$ 1,498 milhão na compra de ventiladores pulmonares danificados. No total, o governo potiguar fechou um contrato de R$ 1,605 milhão com a empresa multinacional Baumer, para a aquisição de 15 ventiladores pulmonares. Desses, 14 apresentaram problemas, segundo relatos de profissionais das unidades de saúde que receberam os equipamentos.

A situação foi analisada em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), na qual o Metrópoles teve acesso, finalizada no último dia 10 de fevereiro. O órgão destacou ainda que os equipamentos ficaram guardados e que a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte não apresentou solução ao problema.

A compra foi estabelecida de forma emergencial – portanto, com dispensa de licitação – em maio do ano passado, pouco antes de o secretário de Saúde, Cipriano Maia, que assinou o contrato, dizer que o estado estava “à beira do colapso”. “Estamos numa situação extremamente crítica. Não diria ainda colapso, porque os pacientes estão conseguindo ser atendidos em algum serviço. Mas podemos dizer que estamos, realmente, à beira do colapso”, disse Maia, em junho de 2019, segundo registro do jornal O Estado de S. Paulo. Na época, a ocupação dos leitos destinados a pacientes com Covid-19 era de 97,8%.

Hoje, o sistema público de saúde continua delicado. De acordo com dados da plataforma Regula RN, que monitora as internações por Covid-19 no estado, 11 (de 20) hospitais públicos estão com 100% dos leitos ocupados.

Problemas

Segundo a Controladoria, os ventiladores não foram usados devido a “problemas técnicos e operacionais que inviabilizaram suas utilizações nos atendimentos dos pacientes em UTIs [Unidades de Terapia Intensiva]”. Os aparelhos foram distribuídos a três unidades de saúde na cidade de Parnamirim, que fica ao lado de Natal (RN). Dois hospitais, que receberam a maior parte dos equipamentos, confirmaram o problema.

Em parecer técnico enviado à Controladoria, a coordenadora do setor de fisioterapia do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena (HRDML), por exemplo, detalhou os defeitos dos equipamentos adquiridos pela Sesap. Segundo a profissional, os ventiladores “não respondem aos comandos programados e individualizados para a necessidade do pacientes, assim como apresentou defeitos na tela principal antes de ser efetuado o auto teste”. “Parâmetros como a fração inspirada de oxigênio, que é a quantidade de oxigênio fornecida e necessária ao paciente durante a ventilação mecânica, não são programados de forma precisa, pois esses ventiladores não quantificam o valor exato, comprometendo diretamente no tratamento de hipoxemia, por exemplo”, prosseguiu a coordenadora.

Dessa maneira, o parecer técnico concluiu que o uso dos equipamentos é inapropriado uma vez que “comprometerá diretamente no tratamento dos pacientes que necessitem de ventilação mecânica”.

Equipamentos guardados

O contrato emergencial firmado entre a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte e a Baumer prevê, contudo, um prazo de validade não inferior a 12 meses, após a entrega dos equipamentos. Além disso, estabelece que a “entrega, montagem, instalação, desembalarem e treinamento operacional à SESAP ficarão a cargo da empresa contratada”.

Os investigadores, no entanto, apuraram que nem a direção das unidades de saúde, nem a Secretaria de Saúde do estado, tomaram providências quanto aos fatos, apesar de os equipamentos estarem cobertos com garantia e assistência técnica. A pasta explicou, por sua vez, não ter sido informada inicialmente pelas unidades de saúde dos problemas apresentados nos aludidos aparelhos quando colocados em uso.

Disse também ter confirmado o problema nos equipamentos em dezembro do ano passado, após visita realizada pela equipa técnica do setor de equipamentos da Secretaria do Estado e os representantes da empresa, aos hospitais. E, por fim, notificou a empresa para promover a solução técnica nos equipamentos e novo treinamento aos servidores – situação que não foi resolvida até a publicação do relatório. “No que foi exposto pela gestão, não houve contestação do fato apontado neste relatório, pelo contrário, confirmou a sua existência. No entanto, até a data final desta auditoria não foi comunicada a esta equipe de auditoria nenhuma solução ao problema de não utilização dos catorze ventiladores adquiridos”, concluiu a CGU.

Outro lado

O Metrópoles procurou a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) e a multinacional Baumer para esclarecerem se os problemas foram solucionados após a auditoria da CGU, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.

Essa não é a primeira vez, contudo, que a pasta estadual está envolvida com irregularidades nas compras de equipamentos durante a pandemia do novo coronavírus.

Auditores do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte (TCE-RN) apontaram, em junho, que o governo do estado pagou R$ 4,9 milhões antecipados, pela compra de 30 respiradores, antes de assinar os contratos com o Consórcio Nordeste. Os 300 equipamentos comprados pelos estados, ao custo total de R$ 48,7 milhões, não foram entregues e os donos da empresa tiveram os bens bloqueados pela Justiça, além de serem presos em operação da Polícia Civil da Bahia.

METRÓPOLES

Grávidas correm risco 70% maior de infecção por Covid-19, diz estudo

Um estudo publicado na terça-feira (16), no Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, mostra que a taxa de infecção de Covid-19 entre mulheres grávidas, no estado de Washington, nos Estados Unidos, foi 70% maior do que em adultos com idades semelhantes, no mesmo estado.

O estudo também descobriu que as taxas de infecção entre mulheres negras grávidas eram, de duas a quatro vezes, maiores do que o esperado. “As mulheres grávidas não foram protegidas da Covid-19 nos primeiros meses da pandemia, com o maior índice de infecções ocorrendo em quase todos os grupos de minorias raciais / étnicas”, escreveram os pesquisadores em seu relatório.

Para o estudo, a equipe de pesquisa coletou dados de 240 pacientes grávidas com Covid-19 em 35 hospitais e clínicas, que respondem por 61% dos nascimentos anuais do estado, de março a junho de 2020. “Nossos dados indicam que as mulheres grávidas não evitaram a pandemia como esperávamos, e as comunidades de cor carregaram o maior fardo”, disse a Dra. Kristina Adams Waldorf, uma obstetra da Escola de Medicina da Universidade de Washington e o autor sênior do relatório.

De acordo com o estudo, a taxa de infecção de Covid-19 em mulheres grávidas no estado de Washington foi de 13,9 em cada 1.000 partos, em comparação com uma taxa geral de 7,3 em cada 1.000 para jovens de 20 a 39 anos no estado. “As taxas de infecção mais altas em pacientes grávidas podem ser devido à representação excessiva de mulheres em muitas profissões e setores considerados essenciais durante a pandemia Covid-19 – incluindo saúde, educação, setores de serviços”, disse a autora principal, Dra. Erica Lokken, em um comunicado à imprensa.

Os pesquisadores sugerem que as gestantes devem ser amplamente priorizadas para a vacinação contra Covid-19. “Mulheres grávidas estão excluídas da priorização de alocação em cerca de metade dos estados dos EUA. Muitos estados nem mesmo estão vinculando seus planos de alocação de vacina Covid-19 às condições médicas de alto risco listadas pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças, que inclui gravidez “, disse Waldorf.

CNN Brasil

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