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Atraso em vacinação contra Covid-19 deve custar pelo menos R$ 150 bi ao PIB do país em 2021

A lentidão e a desorganização no programa nacional de vacinação contra a covid-19 vão retirar pelo menos dois pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021. Segundo cálculos do economista Bráulio Borges, da consultoria LCA, caso 70% da população recebesse a vacina até agosto, a economia brasileira cresceria 5,5% neste ano. Se a vacinação atingir esse patamar apenas em dezembro – hipótese que hoje já é considerada otimista –, o crescimento do PIB deve ficar entre 3% e 3,5%. Nesse cenário, o País deixará de movimentar R$ 150 bilhões.

Borges também traçou uma hipótese otimista: estimando o impacto de uma vacinação mais ágil na economia, em um ritmo semelhante ao de Israel – país mais avançado na imunização contra o novo coronavírus. Nesse cenário, 70% seriam vacinados até junho, permitindo que as medidas de distanciamento social fossem relaxadas e garantindo o retorno de atividades em que há aglomeração. O PIB poderia, nesse caso, avançar 7,5%, um incremento de R$ 260 bilhões.

O crescimento de 3% a 3,5% esperado para a economia no pior dos cenários (com a maior parte da população vacinada até o fim do ano) pode parecer positivo, dado que a última vez que o País avançou 3% foi em 2013. Na prática, porém, significará que a economia passou o ano todo estagnada. Isso decorre do que os economistas chamam de “carrego estatístico” – quando a base de comparação é baixa (o resultado médio do PIB em 2020), mas o ponto de partida é elevado por conta da recuperação ao longo do último semestre do ano.

A alta de 3,5% também significará que o País terá, no fim de 2021, um PIB 1% abaixo do registrado em 2019. A economia per capita terá um resultado ainda mais negativo: 2,5% inferior ao de 2019. “Esses cálculos são um exercício simplificado que mostra como podemos ter um crescimento econômico se andarmos mais rápido com a vacinação, o que hoje parece uma realidade bem distante”, afirma Borges.

Por enquanto, a LCA projeta que o PIB ficará nos 3,5% neste ano. Mas Borges reconhece que talvez a realidade “seja ainda pior que esse cenário ruim”.

A Tendências Consultoria é mais pessimista e estima um PIB de 2,9%. “Nossa projeção é cautelosa porque já tínhamos uma preocupação com o quadro pandêmico e não tínhamos a perspectiva de que haveria um movimento de vacinação afetando parte relevante da população no primeiro semestre. Outra preocupação é com a situação fiscal”, diz a economista-chefe da consultoria, Alessandra Ribeiro.

Classificação de risco do Brasil

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, afirma que há inclusive um risco de o Brasil ter sua classificação de risco novamente rebaixada por causa do atraso na imunização. “Há um risco indireto porque, à medida que não temos uma vacinação em massa, a confiança dos agentes econômicos cai. As pessoas também ficam mais em casa e isso afeta um componente que é analisado para determinar o risco, que é o PIB.”

A economista Zeina Latif alerta que a perda de doses de vacinas, como tem sido verificado em algumas cidades por problemas técnicos, e a eficácia de 50% da Coronavac, que está sendo produzida no Instituto Butantan, fazem com que seja mais difícil atingir a imunidade de rebanho. “Esse fator de incerteza vai pesar em 2021. Ainda vamos passar um bom tempo com limitações para a atividade econômica. E o setor de serviços é o mais impactado pela pandemia, além de ser o que tem maior peso no PIB. Acho difícil a gente não ter decepções com a economia.”

Segundo estimativa do Ministério da Saúde, a vacinação deve levar “até 12 meses após a fase inicial”. Isso, no entanto, dependerá “do quantitativo de vacinas disponibilizadas para uso”. A epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunizações por oito anos, lembra, porém, que já houve atrasos no recebimento das primeiras doses de imunizante e que não é possível ter certeza de que o prazo será cumprido. “Mesmo quem comprou as vacinas antecipadamente está com problema (para recebê-las). Imagina quem não comprou. Esse vai para o fim da fila, porque a demanda mundial é muito grande.”

Agora RN

Criança era mantida em cárcere e acorrentada dentro de barril

Uma criança de 11 anos foi resgatada pela Polícia Militar na tarde de sábado (30), do cárcere em que estava, em Campinas. De acordo com as informações preliminares, a polícia encontrou o local – um barraco no Jardim Itatiaia – após denúncia anônima.

O menino foi resgatado de dentro de um barril, amarrado e com um tempo de mármore usado como tampa. De acordo com o 2º sargento Mike Jason, em entrevista ao Uol, a situação em que o menino foi encontrado era “desoladora”.

Até o momento há poucas informações sobre há quanto tempo a criança estaria em cárcere privado. Ainda segundo o sargento,”o homem disse que uma mulher, usuária de drogas, e com quem ele teve relação, afirmava que o filho era dele. Essa usuária abandonou o menino com ele e a atual companheira”.

A criança também afirma ter sofrido diversas formas de tortura, entre as quais ser forçada a comer fezes por falta de alimentos disponíveis. Também há relatos de que o homem jogava água sanitária e água fria para dar banho no menino.

Ele foi alimentado e, no momento, recebe tratamento no Hospital Ouro Verde, em Campinas, para tratar o quadro de desidratação e desnutrição.

IG

Acidente: carro fica de pneus para cima em capotamento próximo a Caicó

Vários motoristas entraram em contato com a polícia, contudo ninguém foi encontrado para realizar o RO (Registro de Ocorrência)

Um veículo, modelo Gol, capotou na estrada que liga a cidade de Caicó ao Estado da Paraíba, distante 3km do trevo da Palma.

Acionada, a Polícia Rodoviária Estadual localizou apenas o carro com avarias substanciais. Ninguém gravemente ferido. Vários motoristas entraram em contato com a polícia, contudo ninguém foi encontrado para realizar o RO (Registro de Ocorrência).

Blog do Ismael Medeiros

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