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Dinheiro vivo declarado nas eleições 2018 será fiscalizado

Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), juntamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vão reunir esforços para fiscalizar suspeitas de uso de dinheiro vivo para caixa 2 de campanha nas eleições 2018. Pela primeira vez, os três órgãos vão atuar preventivamente para investigar possível crime de lavagem de dinheiro de candidatos e doadores por meio do uso de recursos em espécie.

A suspeita é de que candidatos façam declarações falsas à Justiça Eleitoral e ao Fisco, informando possuir valores em espécie em casa que, na verdade, não possuem. É o chamado “colchão” para lavagem, conforme definem integrantes dos órgãos de controle. Para investigadores, casos assim podem configurar “pré-lavagem de dinheiro”.

A declaração falsa visaria, ao fim da eleição, transformar a sobra de campanha em dinheiro próprio ou injetar recurso de origem ilícita para custear os gastos eleitorais.

Em 2014 foram declarados R$ 300 milhões em dinheiro por 7,6% do total de 26.259 candidatos. Já em 2016, quando foram eleitos prefeitos e vereadores, 12,28% dos 497.697 candidatos declararam possuir R$ 1,679 bilhão em espécie .

A doação de empresas para financiar campanhas está proibida desde 2015 por determinação do Supremo Tribunal Federal. Neste ano, a eleição será financiada por meio dos fundos Eleitoral – que contará com R$ 1,7 bilhão dividido entre os partidos – e Partidário, que terá mais R$ 888,7 milhões, além de doações de pessoas físicas. Os dois fundos são abastecidos com recursos públicos da União.

Embora o TSE seja o responsável por fiscalizar as eleições, os órgãos de controle vão usar suas técnicas para tentar identificar possíveis casos suspeitos com cruzamento de dados. De posse dessas informações, a Receita e o Coaf devem informar a Corte eleitoral.

Estadão/Broadcast apurou que, dentro do TSE, não está descartado até o emprego de eventuais “batidas” na casa de políticos suspeitos para verificar se a pessoa, de fato, guarda os recursos. Pela legislação brasileira, a Receita pode intimar o contribuinte para provar a informação prestada na declaração e à Justiça Eleitoral sem a necessidade de autorização judicial.

O trabalho de repasse das informações do TSE aos órgãos de controle é quase em “tempo real”, realizado à medida que os candidatos prestarem informações cobradas pelo tribunal.

Fonte: Blog do BG

Com crise, bancos têm ‘sobra’ de R$ 100 bilhões para crédito imobiliário

A lenta retomada do setor imobiliário, aliada à resistência do consumidor em assumir dívidas longas, gera uma situação inédita no mercado de crédito para a compra da casa própria: vão sobrar mais de R$ 100 bilhões em recursos para financiamento, entre esse ano e o próximo ano, segundo estimativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Essa montanha de recursos ociosos é reflexo do ritmo lento de recuperação da economia, que, por consequência, emperra a venda de imóveis. Ao mesmo tempo, a poupança, de onde sai parte dos recursos usados pelos bancos nos empréstimos imobiliários, voltou a registrar no primeiro semestre, após quatro anos, um volume maior de depósitos do que de saques.

“Teremos nos próximos dois anos, uma liberação de recursos da ordem de R$ 239 bilhões. O financiamento imobiliário, na melhor das hipóteses, vai chegar a R$ 125 bilhões. Ou seja: vão sobrar R$ 114 bilhões no sistema inteiro”, calcula o presidente da Abecip, Gilberto Duarte.

O dinheiro que os bancos emprestam para financiar a casa própria vem, sobretudo, da poupança. As instituições usam cerca de 65% do que é aplicado na caderneta com o crédito imobiliário. A segunda fonte é o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), recolhido de quem tem carteira assinada.

Consumidor. A disponibilidade recorde de recursos, no entanto, não beneficia diretamente o comprador de imóvel neste momento. Segundo Duarte, se as perspectivas para a economia fossem positivas, a consequência seria uma redução da taxa de juros por parte dos bancos. Com o cenário de incerteza, o movimento tende a ser o oposto. “Como os financiamentos podem durar mais de 30 anos e a previsão é de que os juros subam lá na frente, ninguém quer baixar mais”, diz.

Nos últimos dois anos, os bancos já vinham reduzindo os juros do crédito imobiliário, acompanhando o movimento de queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, que passou de 13,75% no fim de 2016 para 6,5% ao ano. A disputa por clientes nesse segmento também aumentou, principalmente entre os bancos privados que aproveitaram o recuo da Caixa Econômica Federal.

Para Feliciano Giachetta, da FGI Negócios Imobiliários, houve uma leve melhora para o consumidor. “Quem comprova que está apto para financiar consegue o dinheiro. Há três anos, o banco levava 90 dias para liberar o financiamento. Hoje, um crédito sai em 45 dias. O que segura o consumidor hoje é mesmo a incerteza.”

Pesa o fato de as perspectivas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) terem piorado. O mercado tem relação direta com o andar da economia: quando ela vai bem, as pessoas têm mais renda, ficam otimistas e compram mais casas.

A despeito de as expectativas para expansão do PIB neste ano terem caído praticamente pela metade, os bancos mantêm as projeções para o crédito imobiliário. O volume de financiamento deve subir 15%, totalizando R$ 116 bilhões, considerados os empréstimos com recursos da caderneta de poupança (SBPE) e do FGTS, de acordo com projeções da Abecip.

Fonte: Blog do BG

Aneel aprova reajuste de até 3,8% nas contas de luz

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 17, um reajuste de 45,52% na receita das usinas hidrelétricas mais antigas, que atuam pelo modelo de cotas. O aumento terá efeito médio de 1,54% na conta de luz. O impacto será variado conforme a distribuidora, mas será de, no mínimo, 0,02% e, no máximo, 3,86%, disse o diretor Sandoval de Araújo Feitosa. O repasse será feito no aniversário do reajuste ordinário de cada distribuidora.
O impacto tarifário é reduzido porque as usinas representam, em média, 22,64% do mix de compra de energia das distribuidoras, que inclui também termelétricas, usinas nucleares, hidrelétricas mais novas, eólicas, solares, entre outras fontes. “Isso depende da cota que a distribuidora tem contratada e também depende de quando é o aniversário de cada reajuste”, afirmou o distribuidor.

A receita anual de geração dessas empresas passa de R$ 5,459 bilhões para R$ 7,944 bilhões. A nova tarifa dessas usinas, com tributos, passa de R$ 64,62 por megawatt-hora (MWh) para R$ 101,18 por MWh. Os novos valores serão válidos de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2019.

O maior impacto do reajuste de 45,52% diz respeito ao bônus de outorga, que corresponde a 17,12 pontos porcentuais. O bônus de outorga é a parcela paga ao Tesouro pelas empresas que arrematam as usinas em leilão, que é embutido na tarifa e reajustado pelo IPCA.

O reajuste será aplicado a 69 usinas, cujas concessões foram renovadas nos termos da Medida Provisória 579/2012, atual Lei 12.783/2013. Esse modelo foi o que permitiu a redução de 20% na conta de luz durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Na época, em troca da renovação antecipada das usinas por mais 30 anos, as geradoras aceitaram reduzir as receitas com a venda de energia e receber uma remuneração correspondente apenas à operação e manutenção. O regime foi aplicado a 36 usinas, mas não incluía uma parcela para reformas e melhorias, incluída hoje.

Depois, em 2015, outras 29 foram leiloadas pelo governo, mas a tarifa já incluía bônus de outorga para o Tesouro Nacional, de R$ 17 bilhões, e uma parcela para reformas e melhorias. Em 2017, o governo leiloou outras quatro usinas, também com outorga de R$ 11 bilhões, mais a parcela de melhorias.

O próximo reajuste da Cosern, empresa que distribui energia no Rio Grande do Norte, deverá ocorrer em abril de 2022. O reajuste é efetuado a cada quatro anos e tem como objetivo a revisão do ciclo tarifário da companhia para manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. O aumento deste ano aprovado pela Aneel foi de 15,61% e está em vigor desde o dia 22 de abril.

Fonte: Tribuna do Norte

Itep/RN suspende emissão de Carteiras de Identidade

O potiguares que precisarem da emissão de carteiras de identidade ficarão sem o serviço nos próximos três dias. O motivo: a falta de cédulas da identidade . De acordo com o diretor de identificação do Instituto Técnico Científico de Polícia do RN (Itep-RN), Josebias Nascimento, a empresa responsável pela fabricação das cédulas está em atraso no envio do material.

Uma licitação firmada  entre o Itep e uma empresa de São Paulo estimava a compra de 100 mil cédulas, que deveriam ter chegado ao Rio Grande do Norte no final de maio. Com a greve dos caminhoneiros, explica Josebias, alguns materiais utilizados para a confecção das cédulas atrasaram e a empresa contratada estava fazendo a entrega por partes. De primeira a empresa enviou 6 mil cédulas, depois 8 mil e na última, datada do dia 16 de junho, o envio foi de 20 mil unidades. Agora, o Itep aguarda as 66 mil cédulas restantes, que saíram de São Paulo na semana passada e só devem chegar ao estado potiguar nesta semana.

“Todas aquelas que ele mandou antes deu para abastecer as centrais, os convênios com as prefeituras e as câmaras municipais, só que, hoje, todas se esgotaram. A gente estava pensando que ia chegar na segunda-feira, mas não chegaram e vamos ter de suspender o atendimento para retomar na segunda-feira (23)”, explica, informando que em média, 22 mil identidades são entregues por mês no estado.

Ainda de acordo com Josebias Nascimento, as Centrais de Cidadão e os órgãos conveniados serão abastecidas logo após a chancela das cédulas, procedimento padrão para que o material possa estar apto para virar o documento oficial do cidadão. A expectativa para a chegada das identidades em Natal é nesta quinta-feira (19).

“As cédulas chegando na quinta, nós vamos fazer a chancela. Normalmente elas são enviadas por malote, mas, como elas vão chegar fora do prazo, vamos ter um custo maior porque vamos ter de mandar os motoristas do Itep entregarem essas cédulas nos interiores e aqui na capital”, conta.

No tocante aos agendamentos, cinco cidades do Rio Grande do Norte dispõem do serviço para emissão de identidades: Natal, Mossoró, Caicó, Assu e Currais Novos. Em se tratando especificamente desses municípios, os agendamentos marcados para os próximos três dias serão remarcados para a próxima segunda-feira (23), quando o órgão espera normalizar o atendimento. “Na semana que vem, na segunda-feira, o Alecrim, que é só um turno, vamos colocar dois justamente para atender as demandas reprimidas. Essa estratégia pode ser utilizada também nas outras cidades”, adiantou o diretor de identificação.

Fonte: Tribuna do Norte

Em 30 dias, quatro crianças morrem de encefalite no RN

De acordo com Juliana Araújo, resultados dos exames sobre encefalite viral levarão de três a seis meses. Foto: Alex Costa/TV Ponta Negra

O Rio Grande do Norte já registrou este ano 16 casos de encefalite viral, dos quais 4 resultaram em morte de crianças. Esse quadro é atualmente alvo de uma investigação promovida pela Secretaria de Saúde de Natal. Em Natal já foram registrados 11 casos.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS, Juliana Araújo, do total de mortes, duas foram em Natal e outras duas no interior. O que chamou a atenção para a encefalite viral este ano foi a rapidez dos casos de morte: todos os quatro aconteceram em menos de 30 dias.

Segundo Juliana Araújo, ainda não há resultado para qual vírus teria causado as encefalites e, consequentemente, as mortes. Os 16 casos foram registrados em seis meses. Mas, no último mês, a situação chamou a atenção porque foram registrados três ocorrências da doença.

A diretora do Departamento de Vigilância esclareceu que os casos de encefalite em Natal têm ocorrido todos os anos. Em 2016, por exemplo, foram 26 casos e três mortes. Já em 2017, foram 15 casos com duas mortes. O detalhe para este ano é que os casos de morte, ainda no meio do ano, já se igualaram ao ano anterior.

Ela explicou ainda que quando um caso de morte ocorre nessas circunstâncias, os pais precisam autorizar a retirada de amostra do corpo da criança para que seja enviado à Fundação Oswaldo Cruz. O resultado do exame que indica qual foi o vírus causador da doença leva de três a seis meses.

Fonte: OP9

WhatsApp Beta ganha ferramenta contra excesso de mensagens

A versão de testes do WhatsApp ganhou um atalho para silenciar conversas pela central de notificações do Android. Ao acumular pelo menos 51 mensagens não lidas, um botão é exibido logo abaixo das mensagens, na própria notificação. É possível, então, desabilitar os alertas do contato. O recurso, presente no WhatsApp, é ideal para impedir a enxurrada de mensagens que algumas pessoas mandam pelo mensageiro.

Nas linhas a seguir, saiba como usar o novo atalho para silenciar as notificações de uma conversa no WhatsApp. Vale lembrar que é necessário ter a versão de testes do mensageiro (2.18.218) instalada no celular. O procedimento foi realizado num Moto E4 com Android Nougat (7.1.1).

Fonte: Tech Tudo

Meninos e técnico presos em caverna na Tailândia dão primeira entrevista desde o resgate

Os 12 meninos e o técnico do time de futebol “Javalis Selvagens” dão, nesta quarta-feira (18), a primeira entrevista desde o resgate de dentro de uma caverna na Tailândia. A coletiva de imprensa ocorre no mesmo dia em que eles devem receber alta do hospital.

De acordo com a agência de notícias Reuters, as perguntas terão de passar por aprovação prévia de um psicólogo contratado para a entrevista. Se aprovados, os questionamentos serão feitos por um mediador escolhido para a coletiva.

“Nesse momento inicial, estamos tentando impedir que a mídia incomode os meninos”, disse à Reuters, acrescentando que eles são protegidos pela Lei de Proteção Infantil da Tailândia.

Um artigo da lei protege menores de 18 anos de cobertura midiática que pode causar danos emocionais e de reputação.

Fonte: G1

Com zika e crise no país, mortalidade infantil sobe pela 1ª vez em 26 anos. No RN caiu


Pela primeira vez desde 1990, houve aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil em 2016, e a tendência é que o índice de 2017 também se mantenha acima do registrado em 2015.

A epidemia do vírus da zika e a crise econômica são apontadas pelo Ministério da Saúde como causas do crescimento. A primeira, pela queda de nascimentos (o que traz impacto no cálculo da taxa de mortalidade) e de mortes de bebês por malformações graves.

Já a crise estaria associada às mortes infantis evitáveis, causadas por diarreias e pneumonias, que são influenciadas pela perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública.

Dados inéditos do Ministério da Saúde analisados pela Folha mostram que desde o começo da década de 1990 (dados de anos anteriores têm critérios diferentes) o país apresentava redução anual média de 4,9% da taxa de mortalidade. Esse valor estava acima da média global de redução, estimada em 3,2% em relatório do Unicef (fundo das Nações Unidas) em 2017.

No Brasil, a taxa de mortalidade de 2016 ficou em 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento próximo de 5% sobre o ano anterior, retomando índices similares aos dos anos 2014 e 2013.

Segundo o relatório do Unicef, entre 2015 e 2016 na América Latina a taxa ficou estacionada em 18 óbitos infantis por mil nascimentos. No mundo a tendência de redução se manteve —de 42 para 41.

Para 2017, a previsão no Brasil é que a taxa fique, no mínimo, em 13,6 (contra 13,3 de 2015), mas os números oficiais ainda não estão fechados.

A taxa de mortalidade infantil considera o número de mortos até um ano a cada mil nascidos vivos. Monitora-se ainda a taxa chamada de mortalidade na infância, que considera o número de crianças de até cinco anos mortas a cada mil nascidos vivos. Em 2016, morreram 36.350 crianças nessa faixa etária —19.025 nos primeiros sete dias.

“A tendência é piorar. Ainda não entraram todos os óbitos de 2017, que estão sendo investigados”, diz Fátima Marinho, diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do ministério.

Segundo ela, 2016 foi atípico porque teve queda de 5,3% na taxa de nascimentos, atribuída à epidemia de zika. “Houve uma mistura de prevenção com interrupção de gravidez.”

Os dados também mostram alta de mortes infantis evitáveis não relacionadas ao zika.

Entre bebês de um mês a um ano de idade, houve crescimento de 2% das mortes. De um a quatro anos, no total, houve aumento de 11%.

Entre as causas, chama atenção o aumento de 12% entre 2015 e 2016 nas mortes de menores de cinco anos por diarreia (de 532 para 597). Centro Oeste, Norte e Nordeste foram as regiões com maiores altas (48%, 25% e 8%, respectivamente). Responderam juntas por 74% das mortes.

“São causas muito ligadas aos determinantes sociais. Com a crise econômica, houve redução de emprego e da renda em geral. As políticas sociais deixaram de ser expandidas”, afirma Fátima.

A Fundação Abrinq relaciona a piora dos indicadores infantis ao corte de verbas e contingenciamento de orçamentos de programas como o Bolsa Família e a Rede Cegonha, de apoio às mães na gestação e puerpério.

Em 2017, por exemplo, a taxa de desnutrição crônica de crianças até cinco anos ficou em 13,1% — contra 12,6% registrada em 2016 e 12,5% em 2015. O índice retorna ao mesmo patamar de 2013.

“Políticas de proteção social não podem sofrer cortes nem ajuste orçamentário para o equilíbrio das contas públicas. Isso impacta muito na sobrevivência das famílias pobres e extremamente pobres”, diz Denise Cesario, gerente executiva da Fundação Abrinq.

Segundo ela, o reajuste do Bolsa Família não tem levado em conta a inflação do período. Entre 2015 e 2016 teria sido de R$ 3 bilhões, mas ficou em R$ 1 bilhão. Neste ano, a dotação era de R$ 28,7 bilhões, mas, após contingenciamento, ficou em R$ 26,5 bilhões.

“Se eu tenho uma criança que ficou mais desnutrida porque os pais perderam o emprego, a política social busca compensar. Mas quando não tenho expansão, é possível que os efeitos apareçam na mortalidade”, afirma Fátima Marinho, do ministério.

Os dados mostram que 20 estados tiveram alta na mortalidade infantil em 2016.

Juntos, Amapá, Amazonas, Bahia, Pará, Piauí e Roraima tiveram taxa de mortalidade média de 19,6 e aumento de 14,6% ante 2015 —equivalente a três vezes a alta nacional. Os únicos estados com redução de taxas em 2016 foram Rondônia, Acre, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.

Já São Paulo teve em 2016 a quinta menor taxa de mortalidade infantil do país (11,09). Porém também figura entre os que interromperam a tendência de queda: alta de 2,7%, contra a redução média anual de 4,1% entre 1991 e 2015.

Para Vitor Manuel Jesus Mateus, vice-presidente do Conass (conselho dos secretários estaduais de saúde), a crise econômica prejudicou o acesso dos usuários aos serviços de saúde, o que pode explicar em parte não só o aumento da mortalidade infantil como a piora de outros indicadores, como o da taxa de vacinação.

Um a cada quatro municípios do país tem cobertura abaixo do ideal em todas as vacinas obrigatórias para bebês e crianças, elevando a ameaça de retorno de velhas doenças.

“Muita gente está sem dinheiro até para o transporte até o posto”, afirma.

Para a pediatra Maria Albertina Santiago Rego, do departamento de neonatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o aumento de mortes infantis pode estar ligado à falta de organização na saúde.
“A mãe tem que fazer um pré-natal bem feito, de acordo com o risco, e ir à maternidade que responda à condição clínica dela e do neném.”

Segundo ela, o pré-natal, especialmente os de gestantes de risco e de alto risco, precisa ter uma equipe bem estruturada para ser efetivo.

“Ao longo dos últimos anos, tiraram obstetra e pediatra da coordenação dos cuidados. Hoje é uma equipe do PSF [Programa de Saúde da Família] que atende. O médico de família está preparado? O Brasil tem educação médica continuada? Eu acho que não.”

As principais causas de mortes infantis são prematuridade, malformações, asfixia e infecções. Mais da metade, na primeira semana de vida.

Daniel Knupp, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina e Comunidade, diz que há evidência suficiente de que o modelo do PSF na atenção primária reduziu a mortalidade infantil nas últimas décadas em comparação com o modelo tradicional, com pediatras e ginecologistas.

“Funciona bem mesmo sem as condições ideais, como mais médicos com residência na especialidade e uma maior cobertura do programa [hoje, em 65%]”, afirma.

Uma situação observada pelos médicos de família, diz ele, é o desabastecimento de remédios nos postos e a falta de condições financeiras das famílias em bancá-los. “Às vezes têm que optar entre comer ou comprar um medicamento que não encontra no posto.”

Segundo Fátima Marinho, do ministério, foi criado um grupo de trabalho com acadêmicos para avaliar as causas desse repique na taxa de mortalidade e estudar formas de ação mais urgentes. Vitor Mateus, do Conass, diz que o assunto entrará na pauta da próxima reunião do conselho.

Fonte: Blog do BG

França bate Croácia na final, fatura bicampeonato mundial e eleva patamar

A vitória sobre a Croácia por 4 a 2, na final da Copa da Rússia, neste domingo, no estádio Luzhniki, coloca a França em um novo patamar no futebol mundial. O time entra agora em clube seleto e qualificado dos bicampeões mundiais, ao lado de Argentina e Uruguai. A seleção deixa para trás Espanha e Inglaterra, donas de uma conquista cada uma. Com uma bela atuação ofensiva, o time sofreu pouco diante da Croácia e conquista seu segundo título exatamente 20 anos depois da vitória de 1998, quando venceu em casa. A França foi consistente do começo ao fim da Copa.

A exemplo do que aconteceu nos jogos anteriores, o time de Didier Deschamps conseguiu equilíbrio entre ataque e defesa e teve poucos momentos de sofrimento na partida. As boas atuações de Griezmann e Mbappé garantiram a folga no placar. A Croácia mostrou desgaste físico após a disputa de três prorrogações na Copa do Mundo, lutou até o final, mas sempre esteve atrás no marcador.

A França adotou uma estratégia arriscada no início do jogo e deixou que a Croácia ficasse com a bola. O time de Didier Deschamps começou a marcar atrás linha da bola e claramente esperava uma chance para contra-atacar. Foi uma atitude inesperada para a equipe favorita antes do início do jogo em função da campanha que fez na Copa: cinco vitórias e um empate. Foi esse estilo que o goleiro belga Courtois criticou após as semifinais, mas depois reconsiderou.

Para abrir o placar, a França usou o mesmo expediente que havia garantido sua classificação à final com a vitória suada sobre a Bélgica: a bola parda. Após cobrança de falta, em um lance polêmico aos 18 minutos, o artilheiro Mandzukic cabeceou para trás e fez gol contra. O mesmo atacante que garantiu a vaga da Croácia na final, marcando diante da Inglaterra na prorrogação, deixou a França à frente no placar.

As arquibancadas do estádio de Luzhniki mostraram divisão. Embora croatas e franceses estejam em grande número, torcedores de diversos países, como México, Argentina, Colômbia e Alemanha, marcaram presença e se dividiram entre os finalistas. Os brasileiros, também em grande número, penderam para o lado croata.

A Croácia mostrou boa movimentação e continuou melhor no jogo. Mesmo depois de três prorrogações nas fases anteriores, o time mostrava um jogo dinâmico com boa variação de jogadas pelos lados do campo. Rakitic, melhor do time no primeiro tempo, apostava nos lançamentos para Perisic. Após cobrança de escanteio, o time croata conseguiu o empate aos 27 minutos. Perisic driblou e chutou firme de perna esquerda. Foi seu terceiro gol em sete jogos.

Grande novidade do Mundial, o VAR (árbitro assistente de vídeo) teve interferência na final da Copa no segundo gol da França. Diante das reclamações dos franceses de toque de Perisic após cobrança de escanteio, o árbitro argentino Nestor Pitana ouviu as recomendações dos assistentes de vídeo e foi à beira do campo para rever o lance. Após muita indecisão, em que voltou ao vídeo por duas vezes, o argentino assinalou o pênalti. Na cobrança, Griezmann deslocou o goleiro Subasic e colocou a França em vantagem novamente. Foi seu quatro gol no Mundial. Foi o primeiro pênalti durante o tempo normal em uma final de Copa desde 2006.

A Croácia quase conseguiu o empate no primeiro em duas cobranças de escanteio que levaram perigo. Embora tenha finalizado o primeiro tempo com 61% de posse de bola e sete finalizações, os croatas acertaram apenas uma vez o alvo.

Com a vantagem no placar, a França voltou a apostar no contra-ataque. O arco era Pogba; a flecha, Mbappé. Com essas peças, o time conseguiu o terceiro gol no início do segundo tempo. Aos 14 minutos, o camisa 6 lançou Mbappé. Após rebatida da zaga, Pogba chutou de perna esquerda. Depois de afirmar que estava fazendo sacrifícios no Mundial, fazendo funções mais defensivas antes de chegar ao ataque, Pogba fez seu primeiro gol na Copa.

Sem a organização e o equilíbrio tático dos últimos jogos, a Croácia deu espaço – muito espaço – para um time mortal no contra-ataque. O quarto gol saiu rapidamente, cinco minutos depois. O astro do time, Kyllian Mbappé, chutou de fora da área, de longe para estabelecer a goleada: 4 a 1. O lance foi construído em grande jogada do lateral Hernandez.

Mesmo em uma final recheada de alternativas técnicas e táticas, os erros também apareceram. Erros grotescos. O goleiro Lloris tentou driblar o atacante Mandzukic e perdeu a bola na pequena área. Gol da Croácia: 4 a 2. Foi provavelmente a única grande falha defensiva da França na Copa.

Essa também foi a final de Mundial com maior número de gols desde 1958, quando o Brasil derrotou a Suécia por 5 a 2, em solo sueco, para ganhar o seu primeiro título.

FICHA TÉCNICA
FRANÇA 4 x 2 CROÁCIA

FRANÇA – Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernandez; Kante (Nzonzi), Pogba, Matuidi (Tolisso), Griezmann e Mbappé; Giroud (Fekir). Técnico: Dider Deschamps.

CROÁCIA – Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pjaca); Brozovic, Rakitic, Perisic, Modric e Rebic (Kramaric); Mandzukic Técnico; Zlatko Dalic.

GOLS – Mandzukic (contra), aos 18, Ivan Perisic, aos 27, e Griezmann, aos 37 minutos do primeiro tempo; Pogba, aos 14, e Mbappé, aos 19, e Mandzukic, aos 24 minutos do segundo.

CARTÕES AMARELOS – Kanté, Hernandez e Vrsaljko.
ÁRBITRO – Nestor Pitana (ARG).
PÚBLICO – 78.011 torcedores.
LOCAL – Estádio Luzhniki, em Moscou.

Fonte: Agência Brasil

Seca reduz produção de cana- de-açúcar no RN

Os seis anos de seca severa no Rio Grande do Norte modificaram não somente as paisagens no sertão, mas também no litoral. Um dos principais itens da produção agrícola local, a cana-de-açúcar, sofreu queda de produção de 15,27% entre os anos de 2012 e 2016 – de 4,2 milhões de toneladas para 3,6 milhões de toneladas – e de 15,25% na área colhida, segundo dados mais recentes da Produção Agrícola Municipal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cana-de-açúcar, ao lado da fruticultura irrigada, são os dois itens mais relevantes da pauta agrícola do estado na atualidade.

Expectativa é de ampliação da safra“A falta de chuvas nesses últimos anos, atrelada à falta de uma política de preços remuneradora contribuíram para a diminuição da produção no setor. Além disso, os casos de corrupção no âmbito da Petrobras foram muito prejudiciais aos canavieiros. Ao longo desses últimos anos ocorreu um achatamento do preço do etanol e isso gerou um prejuízo enorme”, analisa o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Álcool dos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí (Sonal), Eduardo Farias.

Na empresa que preside, a Usina Baía Formosa, no litoral Sul do estado, cerca de 90% da área plantada é voltada à produção do etanol, distribuído no Nordeste para as empresas Raízen, BR Distribuidora e Ipiranga. Para a produção do açúcar consumido na maioria dos lares e estabelecimentos no País, sobram 10%.A expectativa de melhoria do setor sucroalcooleiro é que a venda direta do etanol produzido nas usinas aos postos de combustíveis, sem a necessidade da entrega à distribuidoras, contribua para a melhoria do atual cenário financeiro do setor. “O Brasil recebe a sobra da produção americana. Algo em torno de 1,5 bilhão de litros por ano. Isso está errado. Nós produzimos etanol de melhor qualidade, mais limpo e mais ecológico. Além disso, com a venda direta, nós iremos conseguir baixar o preço do litro em R$ 0,15 ou R$ 0,20. Os produtores colocam isso como uma alternativa”, destaca Eduardo Farias.

De acordo com o técnico sênior do IBGE/RN, Elder de Oliveira Costa, a produção de cana-de-açúcar no Brasil varia de acordo com o interesse dos usineiros e do próprio mercado consumidor. “O mercado é quem dita as regras. Por isso que existem essas variações de um ano para o outro”, esclarece. No cenário nacional, a produção de cana-de-açúcar vem sofrendo variações para cima e para baixo desde 2013, quando atingiu o recorde de produção na década: aproximadamente 700 milhões de toneladas.

Conforme explicado por Elder de Oliveira Costa, a cana-de-açúcar se insere na lavoura temporária de longa duração, cujo plantio começa num ano e a colheita, no seguinte. No Rio Grande do Norte, além dela, o melão e a mandioca estão entre os itens que integram essa lavoura. Na temporária, grãos como o arroz, feião, feijão verde, milho, milho verde, além do algodão, são semeados basicamente para a subsistência do agricultor. “O valor das lavouras temporárias são insignificantes para a economia do Estado como um todo. O que está levando a produção agrícola do Rio Grande do Norte na atualidade é a fruticultura e a cana-de-açúcar”, afirma. No Rio Grande do Norte, o plantio da cana-de-açúcar deverá começar na segunda quinzena de agosto com colheita programada para fevereiro do próximo ano.

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